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, 12 maio 2024
 
 

Safras & Mercado

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SOJA: plantio com atraso

O plantio da soja na temporada 2010/11 iniciou nesta semana, atingindo 1% da área esperada. O ritmo dos trabalhos está atrasado na comparação com igual período do ano passado, quando 5% da área já tinha sido semeada, e está abaixo também da média para o período, de 2%. Os dados fazem parte do levantamento de Safras & Mercado, referentes ao período até 8 de outubro.
Segundo Flávio França Júnior, analista de Safras, os trabalhos começaram de forma lenta e atrasada. A chegada das chuvas em alguns pontos da região central do país e também no estado do Paraná, permitiu que os trabalhos finalmente começassem. “Até este momento, registramos o início dos trabalhos efetivamente apenas nos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, e algum princípio de atividade no Mato Grosso e Goiás. Os produtores seguem aguardando a chegada efetiva das chuvas, que este ano estão atrasadas”, completou.
A questão do clima está relacionada à presença do fenômeno La Nina, que já está consolidado e é considerado de intensidade moderada a forte. Portanto, mais intenso que o episódio anterior da temporada 2008/09. Como principais efeitos desse La Nina, a meteorologia avalia a tendência de chuvas mais atrasadas na região central do país, acima do normal para as regiões Norte e Nordeste e abaixo do normal para o centro-sul.
Em relação ao mercado, a semana foi lenta em termos de comercialização, tanto no disponível como para vendas antecipadas da safra nova. Em meio à desvalorização acumulada na maior parte da semana em Chicago e a queda do dólar frente ao real, compradores e vendedores permaneceram retraídos, o que dificultou a adoção de um direcionamento para os preços.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos recuou de R$ 43,50 para R$ 42,50 entre os dias 30 de setembro e 7 de outubro. No mesmo período, a cotação subiu de R$ 42,30 para R$ 42,50 em Cascavel (PR). No Mato Grosso, houve um recuo mais consistente, com o preço passando de R$ 41,30 para R$ 40,40 na região de Rondonópolis.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro caíram 3,7%, passando de US$ 11,06 para US$ 10,65 no período. O dólar comercial acumulou desvalorização de 0,35%, ficando abaixo de R$ 1,700. No dia 7, a moeda americana fechou a R$ 1,686.


BOI: atacado perde força

O mercado brasileiro de boi gordo oscilou de estável a mais alto nos primeiros oito dias de outubro. A entrada de gado confinado de primeiro turno e o retorno das chuvas às regiões produtoras mantiveram o mercado calmo no período, mas a oferta para esse final de ano continua preocupando.
“As chuvas retornaram em todo o Centro-Sul, embora ainda com alguma irregularidade regional e já dão sinalização de que as pastagens voltarão a se recuperar. A questão é que essa recuperação não ocorre de forma imediata, tendo em vista que os pastos estão muito deteriorados após cinco a seis meses de seca”, comenta o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari.
Junto aos grandes frigoríficos, o bom volume de gado confinado via Contratos a Termo e de lotes próprios contribuiu para atender os abates de curto prazo nesse início de mês.
Em São Paulo, a arroba foi cotada a R$ 93/95,00, livre de Funrural, a prazo, para pagamento em 30 dias, contra R$ 92/94,00 da semana anterior. Em Mato Grosso do Sul, preços oscilaram entre R$ 87/89,00 contra R$ 87/88,00 de 01 de outubro. Em Mato Grosso, mercado seguiu firme em R$ 79/83,00 arroba. Em Goiás e em Minas Gerais a arroba foi cotada a R$ 87/88,00, livre, para pagamento em 30 dias, patamares que também repetem a semana anterior.
Considerando as principais regiões consultadas por Safras & Mercado, a arroba do boi gordo fechou essa quinta-feira (07), a R$ 86,73 de preço médio, a prazo, contra R$ 86,59 da última quinta-feira.
No atacado da carne bovina, em São Paulo, o movimento foi de recuo das cotações. O corte traseiro foi negociado a R$ 7,15 quilo, ante R$ 7,30 da semana anterior, enquanto o dianteiro terminou em R$ 4,90 quilo.


SUÍNO: faturamento maior

O mercado brasileiro de suínos mantém a trajetória de alta. A demanda aquecida desse início de último trimestre e a alta de preço do boi e da carne bovina contribuem para dar suporte às cotações, enquanto agentes de mercado apostam em preços ainda melhores para novembro, diante da proximidade das festas de final de ano.
Em São Paulo, a arroba do suíno foi negociada a R$ 61,00 nessa quinta-feira (07), a prazo, contra R$ 60,00 de início da semana. A Bolsa de Suínos do estado, no entanto, confirmou negócios a até R$ 62,00 arroba, o equivalente a R$ 3,30 quilo vivo, condições bolsa. “O mercado é firme e novas altas não estão descartadas, avaliou a APCS.
Em Santa Catarina, preços ficaram em R$ 2,35 e R$ 2,65 para integração e mercado independente, contra R$ 2,25 e R$ 2,65 quilo do início de outubro.
No Rio Grande do Sul, o quilo vivo do suíno foi comercializado a R$ 2,20 na integração e a R$ 2,65 no mercado independente, contra patamares de R$ 2,20 e de R$ 2,60 da semana anterior.

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