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Indústria da Construção se firma como ramo dos mais promissores

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Mercado da construção civil de Rondonópolis atende a uma demanda crescente por residência

 

Um dos ramos da indústria, a construção civil, tem se sobressaído na economia rondonopolitana em meio à crise que assola o Brasil. Nos últimos anos, não param de brotar os mais diversos empreendimentos em Rondonópolis, sejam loteamentos, condomínios fechados, edifícios residenciais ou grandes centros comerciais verticais. Mesmo diante da crise nacional, a construção tem se mantido em alta.

Uma prova da força desse setor na economia local é que a geração de empregos formais neste ano de 2019 tem se sustentado, apresentando superávit, graças a construção civil.

Para se ter uma ideia, os empregos gerados nos canteiros de obras lideraram as contratações na cidade no último mês pesquisado, no caso abril, assim como no primeiro quadrimestre do ano. Somente em abril deste ano o setor gerou um saldo de 175 vagas, a partir de 360 admissões e 185 demissões. O segundo setor com melhor saldo em abril, no caso o de serviços, teve um saldo de apenas 42 vagas.

 

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A partir da força da economia, atrelada ao agronegócio e cada vez mais diversificada, com fontes de renda em vários segmentos, o mercado de Rondonópolis não tem parado justamente pela grande demanda por residências, seja pelo déficit habitacional, de novos moradores chegando ou de investidores na área. No segmento popular, um bom indicativo da demanda reprimida a ser atendida está no número de inscritos no programa de habitação popular da Prefeitura de Rondonópolis, com mais de 15.100 inscritos, de pessoas esperando a conquista da casa própria. Nesse cadastro, existe pessoa na espera de moradia desde 2002, mas a maioria é de pessoas com inscrição a partir de 2013.

O empresários Edy Veggi e Anderson Ferreira Farias, das construtoras Paiaguás e Farias, já construíram mais de 5 mil unidades em Rondonópolis (foto: Murilo Régis)

Quem enxergou o mercado a ser suprido no segmento da habitação popular em Rondonópolis, investiu nele e vem colhendo ótimos frutos são as construtoras Paiaguás e Farias. Os empresários Edy Veggi e Anderson Ferreira Farias informam que as construtoras Paiaguás e Farias já construíram mais de 5 mil unidades em Rondonópolis. No momento, estão em construção 1.580 unidades no Parque dos Condomínios Melchíades Figueiredo Miranda, ao final do prolongamento da Rua Rio Branco, dividido em quatro partes, sendo três condomínios fechados e um aberto. “Rondonópolis é um dos maiores potenciais do Brasil. A cada ano cresce mais; a construção civil não pára, tanto para classe baixa quanto alta”, avaliam. Entre os clientes do grupo, há muitos recém-casados, pessoas jovens ou casais de namorados.

Anderson e Edy explicam que o mercado de Rondonópolis atualmente não depende apenas da agricultura, mas tem se diversificado muito, com um dos maiores portos secos da América Latina e com potencial de dobrar de tamanho, diante da localização privilegiada, sendo um entrocamento rodoviário, e estando hoje entre as 100 cidades mais ricas do Brasil. Eles atestam que Rondonópolis continuará recebendo atenção do grupo, já havendo perspectiva de novo residencial. “Aqui é a minha cidade, que cresci e tenho a maior paixão. Quero que os investimentos do nosso grupo na cidade continuem pelas novas gerações da nossa família”, vislumbra Anderson.

Uma das preocupações do segmento popular tem sido a transição no Governo Federal, com a condução do Programa Minha Casa, Minha Vida. Apesar das incertezas iniciais, Anderson e Edy analisam que o atual governo já tem noção da importância do segmento da construção civil para a economia do Brasil. “Esperamos que o governo continue priorizando esse programa, porque é um programa social que garante às cidades, além de geração de emprego e movimentação de toda uma cadeia, bairros com rede de esgoto, água, iluminação e asfalto”, dizem.

 

Os edifícios residenciais como opção de investir e morar

A expansão na construção civil segue em alta não apenas na área de residenciais e loteamentos horizontais. O mercado vive um ótimo momento também nas construções verticais. Os grandes edifícios começam a surgir em diversas regiões de Rondonópolis, sejam na cobiçada região do Shopping, Sagrada Família ou Vila Aurora ou em regiões como Vila Birigui, Santa Marta, Santa Cruz e Belo Horizonte. Uma nova aposta são os grandes centros empresariais verticais.

Os grandes edifícios têm apresentado sucesso nas vendas no mercado de Rondonópolis (foto: TMI)

 

Conforme contagem da Revista Agro&Indústria – A TRIBUNA, atualmente, Rondonópolis contempla a construção de 12 edifícios de grande porte, com mais de 10 andares a partir do nível do solo. Ao mesmo tempo, presencia mais dois lançamentos de edifícios de apartamentos residenciais, sendo um deles em um empreendimento de alto padrão, somente existente em grandes centros ou cidades turísticas do Brasil. A força da economia local também pode ser constatada com o aparecimento de centros comerciais verticais, com dois empreendimentos previstos para serem lançados, além de um em estágio avançado de construção.

O empresário Thiago Teixeirense Muniz, da TMI Empreendimentos, atesta que, no segmento de habitações de média e alta renda, que não depende de subsídio do Governo Federal, o mercado não teve paralisação na cidade, sendo ainda muito bom. Nesse segmento, além de recursos próprios, os clientes utilizam bastante carta de crédito do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Um grande diferencial local, segundo ele, é que em Rondonópolis vem se fortalecendo cada vez mais uma cultura de investimento em imóveis na planta.

Empresário Thiago Teixeirense Muniz, da TMI Empreendimentos: “Sou muito entusiasmado com Rondonópolis, pois ela tem um potencial muito grande” (foto: Marcus Bordado)

Thiago Muniz reforça que os empreendimentos na habitação vertical seguem favoráveis graças à força do agronegócio e do setor de serviços em Rondonópolis e no Estado. Dentro da cultura de aquisição de imóvel na planta, analisa que esse negócio é muito atrativo, pois gera alto ganho de valorização e apresenta um considerável prazo de pagamento. Ele aponta o sucesso de vendas dos imóveis da TMI Investimentos Imobiliários. No caso do Edifício Boulevard Paulista, próximo ao Shopping, lançado em 2017, já está quase 100% vendido.

Apostando no potencial de Rondonópolis, a TMI, em parceria com a FINC Empreendimentos, está lançando agora o edifício mais alto do município e um dos maiores de Mato Grosso, comparado às torres mais robustas e luxuosas de Cuiabá. Serão quase 40 andares a partir do nível do solo, com o Edifício Splendore, focado em um público de alta renda. Thiago Muniz informou que, antes mesmo do lançamento oficial, o Splendore, já estava com registros de vendas, indicando ser mais um sucesso.

Apesar da região do Shopping continuar sendo a mais desejada, o empresário informa que a empresa também aposta na região da Santa Casa, onde tem novo lançamento previsto. “Eu sempre falo: Sou muito entusiasmado com Rondonópolis, pois tem um potencial muito grande, uma excelente localização e logística, lembrando ainda dos investimentos em infraestrutura em andamento, como a privatização do Aeroporto Municipal, a duplicação dos trechos pendentes da Travessia Urbana, a duplicação da BR-364 até Cuiabá, e no terminal ferroviário. A nossa cidade não tem como parar de progredir”, projeta.

 

Um mercado de muitos negócios

Rondonópolis contempla atualmente a construção de 12 edifícios de grande porte, com mais de 10 andares

Loteamentos, casas novas, condomínios fechados, residenciais horizontais e verticais, edifícios de apartamentos e comerciais. As construções que não param suscitam sonhos de famílias, geram empregos e movimentam a economia, evidenciando a força da construção civil e do mercado imobiliário em Rondonópolis.

Segundo o delegado regional do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Mato Grosso (Creci-MT), o corretor de imóveis Vinícius Santana, o mercado imobiliário de Rondonópolis deve ser avaliado em dois segmentos, de forma separada: o popular e o voltado para média e alta renda. Neste ano, dentro do segmento popular, ele analisa que o mercado sentiu um pouco as mudanças e incertezas governamentais no Programa Minha Casa, Minha Vida, percebendo uma redução na liberação de crédito.

No entanto, Vinícius informa que a promessa é que o programa vai passar por alterações pontuais. “Provavelmente deve ter um novo nome e vir com formato diferente. Mas as construtoras e imobiliárias estão muito otimistas. Espera-se até que haja mais recursos para o desenvolvimento do programa”, comenta.

No segmento de média e alta renda, as construtoras seguem numa trajetória muito interessante, com muitos novos lançamentos e com o principal: concretização de vendas. Uma das reclamações, no entanto, é que a Prefeitura de Rondonópolis tem segurado a aprovação de projetos de condomínio fechado de alto padrão.

Toda essa movimentação na construção faz despertar a atenção dos profissionais responsáveis pela venda desses imóveis: os corretores imobiliários. Segundo o delegado regional do Creci-MT, somente Rondonópolis possui no momento cerca de 600 corretores de imóveis, mas apenas entre 250 a 300 são ativos.

 

Delegado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Mato Grosso (Creci-MT), Vinícius Santana: “A cidade é muito bem-vista por investidores de fora”

 

O problema, como explica Vinícius, é que, apesar do interesse crescente pela atividade, a desistência na área também é igualmente alta, pois os negócios nesse mercado são incertos, instáveis. Como muitos não conseguem alcançar regularidade nos negócios (isto é, um mês faz negócios e outro não), muitos desistem da atividade.

Uma unanimidade no setor é que os compradores, em sua maioria, estão interessados em imóveis novos. Entre os tipos de imóveis, os loteamentos voltaram a registrar uma crescente do ano passado para cá. Vinícius avalia que quem não tem conseguido o financiamento habitacional tem procurado a compra de loteamento.

Nas classes média e alta, o destaque é para as vendas de imóveis na planta, seja de apartamentos ou de lotes em condomínios fechados. Além da valorização, os rondonopolitanos têm procurado muito esses imóveis tendo em vista a garantia de mais segurança, privacidade e estrutura coletiva de lazer. O corretor de imóveis acrescenta que, quando da venda, os investidores tendem a ter maior ganho.

Localmente também chama a atenção a concentração de empreendimentos similares em certas regiões da cidade. Os residenciais populares, por exemplo, têm se expandido na região do prolongamento da Rua Rio Branco; os loteamentos ao longo do Anel Viário; e os prédios de apartamento próximo ao Shopping, apesar da pulverização.

E as boas perspectivas para o mercado imobiliário não param. Vinícius acredita que ainda em 2019 haverá pelo menos dois lançamentos para cada uma dessas faixas de renda: baixa, média e alta, sejam residenciais, condomínios ou apartamentos.

Com um cenário atrativo, grupos e grandes empresas de fora estão começando a sondar Rondonópolis. Há grandes construtoras, por exemplo, com planos de investimentos em novos residenciais verticais e horizontais na cidade. Apesar disso, as principais empresas locais do setor dizem não temer a chegada ou acirramento da concorrência.

Os empresários Anderson Farias e Edy Veggi, das construtoras Farias e Paiaguás, por exemplo, se dizem honrados em terem percebido o potencial de Rondonópolis desde o começo. “A gente acreditou na cidade desde o princípio, teve uma visão empreendedora de investir antes. Sentimos honrados em ver grandes construtoras chegando, porque mostra que a gente estava certo no nosso investimento”, afirmam.

Na área dos grandes prédios comerciais, Vinícius diz que a aceitação do mercado está muito boa, principalmente por parte de profissionais liberais, em função da praticidade e custo-benefício. Ele pontua que os empreendimentos nesse estilo oferecem toda estrutura de apoio, como estacionamento e recepção, mas com custos menores do que empreendimentos privados e individuais. Além disso, aponta que as salas comerciais também estão sendo vistas como opção de locação.

“A expectativa nossa é grande. Rondonópolis tem um grande potencial devido ao agronegócio. Isso atrai investidores. A cidade é muito bem-vista por investidores de fora. Eu mesmo tenho vários clientes de fora da cidade e do País que investem aqui”, garante.

 

Na região do prolongamento da Rua Rio Branco, o grande número de residenciais novos forma uma espécie de nova cidade em construção (foto: Divulgação)

 

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