Esta é a enésima vez que falamos sobre o assunto, mas devido a importância do tema e das significativas cobranças que a comunidade tem realizado por intermédio dos veículos de comunicação, mormente do Jornal A TRIBUNA, achamos pertinente retomarmos o tema, mas desta feita para falar sobre uma iniciativa que visa focar a raiz do problema, que vem sendo revelado através dos preocupantes indicadores de acidentes na cidade.
Inúmeras campanhas de educação/orientação no trânsito já foram encetadas na cidade, por iniciativa do poder público, iniciativa privada, instituições religiosas etc, e pouco se viu de fato quanto a uma diminuição sistemática e definitiva do problema. É bem verdade que a situação está estruturada numa realidade preocupante, que é o número significativo da frota de motocicletas na cidade, que segundo dados oficiais ultrapassam a casa dos 50 mil, numa frota superior a 100 mil veículos.
Então, devido à reconhecida melhoria na qualidade de vida do trabalhador e devido às facilidades de aquisição desse tipo de veículo, a frota se ampliou consideravelmente e resguardadas as devidas proporções, Rondonópolis é hoje considerada a capital da motocicleta no Estado.
Por isso, e também pela discutível qualidade da formação dos condutores desse tipo de veículo, bem como ao flagrante desrespeito à legislação, aliada à falta de consciência e cidadania no trânsito, os acidentes se sucedem e estão deixando uma onda de mutilados pela cidade. Na verdade, o maior problema reside na falta de consciência e de respeito à legislação vigente. Então, se essa campanha encetada pela Diocese e pela Setrat conseguir incutir nos condutores de moto a importância desse respeito, por certo estará sedimentando uma verdadeira consciência de cidadania, respeito e humanização no trânsito.
Sim, porque com essa tomada de atitude, o respeito à lei deverá prevalecer, seguido de perto pelo respeito à vida. Até porque, invariavelmente, as leis procuram proteger a vida e o Estado, através do ordenamento social, procura preservar a sociedade e seus integrantes. Por isso, toda e qualquer tentativa de subverter a ordem social deve ser olhada com atenção pelos poderes constituídos e pela sociedade organizada, porque representa um perigo à sobrevivência dessa mesma sociedade. A vida e as famílias agradecem.
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