Três alpinistas da Austrália, Holanda e Índia morreram durante os dez primeiros dias desta temporada de escalada no Everest, onde duas pessoas estão desaparecidas e 30 feridas com sintomas de congelamento, informaram fontes oficiais nesta segunda-feira.
As primeiras pessoas conseguiram subir com sucesso a maior montanha do mundo no último dia 12. Em 2014, uma avalanche causou a morte de 16 guias e o terremoto do ano passado deixou cerca de 9 mil mortos no país, 19 deles no Everest.
Entre as três últimas vítimas fatais estava Subhash Pal, um escalador indiano que já estava descendo o Everest e que foi achado hoje entre os campos 3 e 4, o último antes do topo, disse o diretor-geral da Junta de Turismo do Nepal, Sudarshan Prasad Dhakal.
Pal fazia parte de uma expedição ao lado de outros três montanhistas indianos e três sherpas (moradores da região que auxiliam estrangeiros durante a subida). Quatro deles foram resgatados com vida e transferidos em helicóptero até a cidade de Namche Bazaar onde serão medicados.
“Outros dois indianos permanecem desaparecidos com poucas possibilidades de sobreviver”, afirmou Dhakal.
A morte do indiano se soma às da alpinista australiana Maria Strydom e do holandês Eric Ary Arnold, cujos corpos foram achados no último sábado, após terem chegado no topo do Everest, situado a 8.848 metros de altitude.
Nos últimos dez dias, aproximadamente 400 montanhistas chegaram ao topo do Everest, mas em poucos dias o acesso deve ser proibido por conta das condições meteorológicas.
Após o terremoto que castigou o Nepal em abril do ano passado e causou a morte de 19 pessoas durante avalanches no Everest, as autoridades do Nepal estenderam até 2017 as permissões daqueles que não puderam completar a subida por conta da tragédia.
Em abril de 2014, um deslizamento perto do campo base causou a morte de 19 sherpas.