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Hollande e Merkel apelam à união para evitar “o fim da Europa” – 14h35′

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O Presidente francês, François Hollande, alertou esta quarta-feira para a possibilidade de um “regresso às fronteiras nacionais” e o consequente “fim da Europa” tal como a conhecemos, se os países-membros da União Europeia não se unirem.

“O debate não é entre menos Europa ou mais Europa; é entre a confirmação da Europa ou o fim da Europa”, declarou o Presidente francês durante uma histórica declaração perante o Parlamento Europeu, em conjunto com a chanceler alemã, Angela Merkel.

A última vez que líderes destes dois países falaram numa mesma sessão do Parlamento Europeu foi em 1989, poucas semanas depois da queda do Muro do Berlim, mas ainda antes da reunificação da Alemanha. O chanceler alemão Helmut Kohl e o Presidente francês François Mitterrand apelaram então à união para ultrapassar os enormes desafios que o continente tinha pela frente.

Nesta quarta-feira, os seus sucessores, Angela Merkel e François Hollande, procuraram também inspirar os seus parceiros a deixarem de lado as divisões, principalmente na questão dos refugiados e migrantes.

“Sim, o fim da Europa”, insistiu Hollande. “Estamos a falar do regresso às fronteiras nacionais, do desmantelamento das políticas comunitárias, do abandono do euro.”

Lembrando Mitterrand, o actual Presidente francês deixou o aviso: “Mitterrand costumava dizer que o nacionalismo é a guerra. A sua advertência permanece válida.”

A chanceler alemã – que discursou durante cerca de meia hora, tal como o Presidente francês – afirmou que as regras para a obtenção de asilo na União Europeia estão “obsoletas”, e que é preciso substituí-las por “um novo procedimento”.

“Sejamos honestos, o Protocolo de Dublin [que obriga os refugiados a pedirem asilo no primeiro país europeu onde chegam], na sua forma actual, está obsoleto”, declarou Merkel perante os deputados do Parlamento Europeu.

A chanceler alemã disse que o princípio do Protocolo de Dublin sobre os pedidos de asilo “baseia-se numa boa intenção”, mas os desafios actuais às fronteiras da União Europeia tornaram-se “insustentáveis”, colocando um peso desproporcionado sobre países como Itália ou Grécia.

Por isso, Merkel disse que defende “um novo procedimento”, que permita repartir “com equidade” os pedidos de asilo entre todos os países da União Europeia.

Fazendo uma distinção entre refugiados que fogem a guerras e migrantes que procuram melhores condições de vida em termos económicos, Angela Merkel começou por dizer que “ninguém abandona o seu país sem o coração pesado, ainda que o faça por razões económicas”, mas garantiu que será inflexível com quem não venha de uma zona de conflito: “A essas pessoas, devemos também poder dizer que não poderão ficar entre nós.”

“Não devemos deixar-nos cair na tentação de agir ao nível de cada Estado. Pelo contrário, é neste momento que precisamos de mais Europa”, concluiu a chanceler alemã, num apelo a uma solução conjunta.

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