Preocupado com a situação dos moradores do distrito de Jarudore, em Poxoréu, o deputado estadual Sebastião Rezende esteve nesta semana na Procuradoria-Geral do Estado (PGE), em Cuiabá, cobrando medidas do Governo do Estado diante da decisão da Justiça Federal que determinou a desocupação da área pelos não índios em um prazo de 90 dias. Ele obteve a garantia de que a PGE vai ingressar com uma ação na Justiça objetivando suspender os efeitos dessa liminar que está afligindo os moradores da localidade.
Inicialmente, Sebastião Rezende esteve na Casa Civil falando com o Procurador do Estado Dr. Daniel Gomes de Souza, acompanhado dos Procuradores da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), Dr. Ricardo e Dr. Gustavo. “Fui cobrar do Estado de Mato Grosso o ingresso na ação, como parte que é, após decisão da Justiça Federal que determinou a retirada dos moradores da área do distrito de Jarudore”, explicou o deputado, que tem se mostrado sensível à causa desde o anúncio da decisão da Justiça Federal, no mês passado.
Em seguida, o parlamentar e os Procuradores da AL-MT foram buscar mais informações na sede da PGE-MT, onde falaram com o Procurador do Estado Dr. André Xavier Pinto, designado para cuidar desse caso.
“Ele me garantiu que o Estado de Mato Grosso estará ingressando com ação buscando suspender a liminar que decidiu sobre a retirada dos moradores que estão na área de 4.706 hectares no distrito de Jarudore (muitos desses trabalhadores e trabalhadoras estão nessa área há mais de 70 anos)”, repassou o deputado.
Com o compromisso assumido pelo Estado, Rezende fala aos moradores de Jarudore que, enquanto deputado estadual, vai continuar cobrando do Governo de Mato Grosso ações concretas a favor desta comunidade que há anos vive apreensiva com esse problema. “Reitero o meu compromisso com nossa população de Jarudore e quero dizer que podem continuar contando com o total apoio do deputado Sebastião Rezende nessa luta”, transmitiu o parlamentar.
A decisão pela desocupação da área em Jarudore atende Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público Federal (MPF), atingindo cerca de 400 pessoas que residem na região. O processo sobre a ocupação das terras tramita há 13 anos. Conforme a decisão judicial, a desocupação deverá ser realizada em duas etapas. A primeira, referente a uma área com 1.930 hectares, em um prazo de 45 dias. E a segunda etapa, com área de aproximadamente 1.730 hectares, em 90 dias.