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Rondonópolis
, 23 maio 2024
 
 

Ibama concede licença para retomar obras

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Governador Blairo Maggi mostra Licença de Instalação da ferrovia, trecho Alto Araguaia a Rondonópolis
Governador Blairo Maggi mostra Licença de Instalação da ferrovia, trecho Alto Araguaia a Rondonópolis

Com discurso emocionado, uma vez que nesta quarta-feira (20) completam oito anos da morte do senador Vicente Vuolo – idealizador da Ferrovia Norte Sul (Ferronorte)-, o presidente do Fórum Pró-Ferrovia, vereador Francisco Vuolo, recebeu ontem (19) do presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias Franco, a Licença Ambiental de Instalação da Ferronorte no trecho entre Alto Araguaia e Mineirinho (município de Rondonópolis). O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, participou da solenidade que aconteceu na Federação das Indústrias e Empresas de Mato Grosso (Fiemt).

“A Ferronorte é uma obra importante que a cada quilômetro avançado dentro do território de Mato Grosso traz economia e estabilização do preço do frete, por exemplo. Há muito tempo que aguardamos essa licença”, comemorou o governador Blairo Maggi ao argumentar que até o início das obras o processo de construção passará por outras fases.

O presidente da Ferronorte junto a América Latina Logística (ALL), Pedro Roberto de Almeida, ressaltou a previsão de ter um canteiro de obras ainda no final de julho e de entregar o trecho até 31 de dezembro deste ano. “Queremos garantir a safra de 2010 com o trem chegando à Rondonópolis”, completou o representante da empresa concessionária da Ferrovia Norte e Sul. Em conversa com o governador Blairo Maggi, o presidente da ALL informou que a operação está bem equalizada e que tudo é feito por etapas.

“Vencida a questão do licenciamento, agora tem o investimento financeiro e depois as obras devem iniciar. Esse tipo de obra não pode ficar no meio, entre Alto Taquari e Mineirinho, caso contrário é um prejuízo muito grande para a companhia”, salientou Blairo Maggi ao destacar as três principais obras, até então, travadas no Estado por questões de licença ambiental (além da ferrovia), BR-158 e a MT-235 que liga Sapezal a Campo Novo do Parecis.

Maggi lembrou ainda, que os licenciamentos envolvem a desburocratização dos projetos. Segundo o presidente do Ibama, “o compromisso do Instituto e do Ministério do Meio Ambiente é fazer tudo com presteza e rapidez, desde que não se perca o rigor, a qualidade e respeito ao meio ambiente”.

Roberto Messias explicou ainda a burocratização, frisando que o Governo Federal “é exigente tanto quanto a população que quer esse país, que vai ficar para os nossos filhos, seja pelo menos tão bom quanto toda beleza que ele possui, de megadiversidade, sendo o mais biodiverso do mundo. Mato Grosso é maior que praticamente todos os estados europeus e por isso tem uma tarefa enorme de cuidados fazendo com que montemos o sistema nacional de Meio Ambiente”, disse.

PREÇOS

Na análise do Governo, a ferrovia já vem mudando a economia e estabilizando os preços dos fretes, “é claro que ainda não tivemos uma redução conforme todos gostaríamos que fosse, mas, pelo menos não temos mais os piques de fretes que tínhamos no passado”, salientou Maggi. A ferrovia consegue tirar grandes volumes e estabilizar os preços, porém, o desejo dos mato-grossenses é fazer a redução no preço dos fretes.

“Hoje, o frete por hidrovia é mais barato. Aqui com a Ferronorte não temos conseguido uma redução em relação aos caminhões, mas, temos um preço mais parecido do começo e fim da safra. Antigamente sem ferrovias o período dobrava de 30 a 60 dias, o que não acontece mais, mas, a medida em que a ferrovia vai ganhando capacidade, mais volume e mais velocidade eu creio que ele possa ter uma redução nos preços”, finalizou Maggi.

FERROVIA

A Ferrovia Senador Vuolo já tem 500 quilômetros de Mato Grosso do Sul a Mato Grosso. É responsável hoje pelo transporte de quase 50% da produção e 20% do que é exportado pelo Porto de Santos sai pela Ferronorte. As obras estão paralisadas há praticamente dez anos. Em abril do ano passado, o ministro dos Transportes, Alfredo Pereira do Nascimento, e representante da ALL assinaram um Termo Aditivo garantindo que no segundo semestre de 2008 as obras seriam retomadas e o ministro estaria em Cuiabá lançando a ordem de serviço, o que não ocorreu. Participaram do ato também, o presidente da Fiemt Mauro Mendes, secretários de Estado, deputados estaduais e federais e sociedade civil organizada.

Deputado comemora licenciamento de mais um trecho

“Quando a gente acredita, as coisas acontecem”. É dessa forma que o deputado federal Wellington Fagundes (PR-MT) comemorou, ontem (19), a entrega, pelo Ibama, da Licença de Instalação para um trecho de 60 km da Ferrovia Vicente Vuolo. A entrega foi realizada pelo presidente do Ibama, Roberto Messias Franco, que avalia ter contribuído “com uma pequena pedra na construção de um sonho”.

Na solenidade, ocorrida na Fiemt (Federação de Indústrias de Mato Grosso), em Cuiabá, a América Latina Logística (detentora da concessão da ferrovia) assumiu o compromisso de, para a safra de 2010, concluir os trilhos até Rondonópolis. A ferrovia está parada desde 2003 em Alto Araguaia e, com a Licença de Instalação emitida pelo Ibama, a obra deve recomeçar em julho deste ano no trecho até a localidade conhecida como “Mineirinho”.

“A liberação desse documento é mais um passo. Mas ainda existem outros que devem ser tomados até os trilhos chegarem a Rondonópolis e Cuiabá”, lembra o parlamentar que, no ano passado, como presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados mobilizou os ministérios dos Transportes, Casa Civil e do Planejamento para a formulação e assinatura de um termo aditivo ao contrato de concessão da ALL estabelecendo um prazo para a retomada das obras. “Pelo contrato original, a ALL não tinha prazo para essa retomada”, lembra ele.

Para Wellington Fagundes, o compromisso de toda a bancada federal é manter-se unida e mobilizada para a viabilização de outros trechos da ferrovia que, na avaliação dele, vai contribuir ainda mais para o desenvolvimento de Mato Grosso, gerando riquezas e oportunidades para todos.

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  1. Ainda bem que temos grandes homens em nosso estado, que com perseverança vamos deixar Mato Grosso, no lugar de destaque e crescimento que ele merece, mesmo com tantos entraves. aleluia.

  2. Não é de se comemorar, mas sim de se lamentar pelo magistral atraso da licença ambiental concedida pelo IBAMA. É uma vergonha o emaranhado da burocracia.

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