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Rondonópolis
, 3 junho 2024
 
 

Poços artesianos garantem 50% da água

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‘ A engenheira sanitarista do Sanear, Denize Maria Sodré de Oliveira,  ouvida pela reportagem, explica que 50% do abastecimento feito às residências é proveniente da Estação de Tratamento de Água (ETA) e os outros 50% são dos Poços Artesianos. “Desse modo, as características físicas e químicas da água devem ser mantidas dentro de certos padrões, propostos pela Portaria nº 2914/2011 do Ministério da Saúde, que dispõe dos procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade”,  esclarece.
Denize Oliveira comenta que hoje são realizadas 308 análises por mês na rede de distribuição (cavaletes), sendo que na saída da ETA o processo acontece a cada duas horas e nos Poços Artesianos o procedimento é realizado duas vezes por semana, onde as amostras são coletadas e encaminhadas para o laboratório.
A química do Sanear, Samira Charanek Wolf, juntamente com a engenheira realizam as análises de controle. “Dois técnicos visitam diariamente os 37 poços artesianos e realizam a cloração, com pastilhas de hipoclorito de cálcio”.
Já na estação de tratamento a qualidade da água bruta apresenta características como cor, turbidez, sabor, odor e diversos tipos de contaminantes orgânicos e inorgânicos que geralmente estão associados a partículas suspensas ou dissolvidas. Por estes fatores passa por todo um processo de tratamento.
SISTEMA DE TRATAMENTO
A água, que não vem dos poços artesianos,  é captada do manancial rio Vermelho e transportada até a estação de tratamento pelas adutoras. Na ETA, a água passa por várias etapas de tratamento, chamado de ciclo completo, composto por tanques que promovem a mistura rápida/coagulação – floculação – decantação – filtração e a última etapa a desinfecção, onde na chegada a ETA, na calha Parshall, a água recebe a solução de cal (hidróxido de cálcio) para correção de pH e sulfato de alumínio (coagulante). Essa última substância reage quimicamente e forma uma espécie de “gelatina” que permite a junção de certas partículas sólidas suspensas na água, transformando-as em partículas maiores chamadas “flocos”. A facilitação da remoção dessas impurezas na etapa de decantação é chamado floculação.
Do tanque de floculação a água passa para o tanque de decantação. Os “flocos”, mais densos do que a água, depositam-se no fundo, é o fenômeno denominado decantação. Nessa etapa, portanto, a água está mais limpa. Depois, a água passa por um filtro formado por camadas de antracito, areia e cascalho, sendo o fluxo descendente. A filtração é a última etapa de clarificação da água e também importante na remoção de alguns microorganismos. Mesmo filtrada, a água não está totalmente limpa. Alguns microrganismos podem continuar presentes e, por isso, ela passar por um canal onde recebe cloro. Esse processo, chamado cloração da água, promove a inativação dos microrganismos patogênicos e oferece um residual de cloro ativo ao longo de toda distribuição.
A engenheira sanitarista explica que geralmente a população atribui ao cloro o sabor desagradável presente na água, porém nos teores em que ele é aplicado na ETA, dentro dos padrões estabelecidos, não é possível que se altere o gosto do bem potável. O motivo, segundo ela, é a presença de algas nos reservatórios domiciliares e encanamento de PVC exposto ao sol. “O melhor a se fazer é a limpeza dos reservatórios domiciliares semestralmente. Às vezes a água que chega às residências pode apresentar aspecto esbranquiçado em razão da presença de oxigênio dissolvido na água devido à pressão da rede. Basta aguardar alguns instantes e o oxigênio irá se dissipar, deixando a água límpida e transparente”, fala.
A engenheira da Vigilância Sanitária, Vanderléia Gonçalves da Silva, comenta que o órgão exerce o papel fiscalizador e que a Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à qualidade da Água para Consumo Humano (VIGIAGUA) consiste em desenvolver ações contínuas para garantir à população o acesso a água de qualidade compatível com o padrão de potabilidade estabelecido na legislação vigente, programa este do Ministério da Saúde desenvolvido pelas vigilâncias municipais.
Vanderléia Silva explica ainda que são realizadas 53 coletas de vigilância para análises mensais na rede de distribuição (cavalete) e os relatórios são encaminhados para a Vigilância Sanitária do Estado e enviados relatórios semestrais ao Ministério da Saúde. No caso de alterações, o relatório é apresentado ao Sanear e com isso é dado um prazo para que o problema seja solucionado. “O objetivo é garantir a qualidade do produto distribuído e a saúde do consumidor”, pontua.

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