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Jornalista de Rondonópolis diz estar sendo ameaçada

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Jornalista Danielly Tonin, na redação do A TRIBUNA : “não entendi claramente o que ele quis dizer, mas senti que, se continuar publicando denúncias, estarei frita”

A jornalista Danielly Tonin, do site Gazeta MT, diz estar recebendo ameaças após a divulgação de reportagem investigativa referente a supostas irregularidades da gestão municipal. Inclusive, por sentir que não tinha condições de prosseguir com as investigações, externa que registrou uma queixa-crime junto à Polícia Civil, na sexta-feira passada (30/03), expondo fatos que podem apontar ainda para corrupção e desvio de dinheiro na Prefeitura. O Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) se posicionaram a favor da jornalista.
Conforme Danielly Tonin, que procurou o Jornal A TRIBUNA, as investigações tiveram início a partir de uma matéria, no dia 20 de março deste ano, falando sobre a distribuição de panfleto distribuído pelo Município, com ações na área de água e esgoto, assinado pelo prefeito José Carlos do Pátio. A reportagem mostra que o panfleto fere o principio da impessoalidade exigida na administração pública, já que publicações oficiais não podem ter nomes, imagens ou símbolos que caracterizem promoção pessoal. A partir disso, alega que, através de várias fontes, teve acesso a desdobramentos e mais informações contra a gestão municipal.
Danielly Tonin acrescenta que, um dia após a primeira reportagem, recebeu a informação de que pediram para que fosse feita a troca dos HDs de computadores da assessoria de imprensa da Prefeitura Desde a publicação, a jornalista atesta que passou a receber várias mensagens online de teor intimidatório em outras reportagens que escrevia. Apesar de ter continuado cobrando explicações sobre os panfletos, externa que não teve mais condições de prosseguir com a veiculação de novas reportagens investigativas. “É um papel da polícia a investigação… Não poderia escrever sem provas”, explica a jornalista.
O Ministério Público Estadual (MPE) também entrou no caso, com abertura de inquérito, visando apurar as denúncias. Segundo Danielly Tonin, nesta segunda-feira (02/04), quando o Ministério Público começou a intimar pessoas envolvidas nas denúncias, recebeu ameaça por telefone e convite estranho na hora do almoço por parte do secretário municipal de Governo, Gerson de Oliveira. “Não entendi claramente o que ele quis dizer, mas senti que, se continuar publicando denúncias, estarei frita”, analisou, lembrando que anteriormente teve outra conversa telefônica com o secretário, quando também constatou o tom de ameaça. Ela argumenta que, por segurança pessoal, registrou Boletim de Ocorrência contra o secretário nesta segunda-feira, junto ao delegado Henrique Meneguelo.
Nesta terça-feira (03/04), a jornalista registrou outro Boletim de Ocorrência após ter tido o carro em que estava bruscamente fechado por uma S-10 cor preta quando chegava em casa. Na sequência, informa que o veículo parou em ação suspeita próximo da residência. Ela diz que anotou a placa do veículo e, junto à polícia, verificou que o veículo é de propriedade do secretário municipal de Finanças, Adão Nunis. Os dois boletins de ocorrências registrados ficaram de ser repassados à Delegacia dos Direitos da Mulher e ao Ministério Público. “Os jornalistas não podem ser silenciados com esse tipo de atitude”, externou.
O Sindjor-MT e a Fenaj garantiram apoio à jornalista através da emissão de nota pública, visando garantir a liberdade de imprensa e também resguardar a segurança da jornalista. Na nota, o Sindicato expõe os fatos versados pela jornalista e se compromete a levar o caso ao secretário de Estado de Segurança Pública, Diógenes Curado. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), à qual o Sindjor-MT e a Fenaj são filiados, também se dispôs a informar à Organização Internacional do Trabalho (OIT).
OUTRO LADO
Ouvido pelo Jornal A TRIBUNA, o secretário municipal de Governo, Gerson de Oliveira, garantiu que não existe ameaça alguma da parte dele contra a jornalista Danielly Tonin. Ele explicou que a jornalista lhe ligou várias vezes na semana passada, mas não entendeu direito o objetivo dela. Nesta segunda-feira (02), em almoço com outra jornalista, diz que ficou sabendo das supostas ameaças contra a Danielly. Por isso, atesta que ligou para Danielly para saber da história e apenas lhe ofereceu almoço. Também assegura que não repassou nenhum e-mail para a jornalista em questão.
Diante do uso do seu nome, Gerson de Oliveira adiantou ao Jornal A TRIBUNA que Danielly vai ter que provar na Justiça todas as acusações que tem feito contra ele. Nesse sentido, externou que já contratou um advogado para o caso e que pretende requisitar os reparos pelos danos morais causados judicialmente.
MAIS
O Jornal A TRIBUNA também ouviu o secretário municipal de Finanças, Adão Nunis, sobre a citação do seu nome. Ele informou que não sabe onde a jornalista Danielly Tonin mora e que desconhecia algum fato semelhante ao relatado por ela na noite desta terça-feira. Acrescentou que faz tempo que não conversa com a jornalista e que, por seu veículo ficar o dia todo no pátio da Prefeitura, fica fácil obter sua placa. Ademais, considera muito estranho a citação da placa do seu veículo.

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  1. Então os senhores Gerson e Adão Nunis querem que a gente acredite que não houve nada e que a jornalista pegou a placa do carro do Adão Nunis na Prefeitura, só pra depois fazer essa denuncia. Ah, por favor né, a que nivel degradante chegou essa administração. E a justiça depois de enrolar 3 anos para cassar o cara não publica a decisão pq quarta, quinta e sexta é recesso para eles. Palhaçada mesmo em deixar um prefeito cassado no cargo. E agora com essas denuncias se eles tão assustados é que tem coisa, e fazer panfleto oficial com nome do prefeito que absurdo, hein!!! Impeachment no prefeito cassado.

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