O Centro de Nefrologia de Rondonópolis realiza, no próximo dia 8 de março, na Praça Brasil, das 7h30 às 17h30, a campanha “Previna-se – Rins em Defesa da Vida”. Segundo a coordenadora do centro, Delian Alencar, 8 de março é o Dia Mundial do Rim. “O objetivo dessa campanha é chamar atenção das entidades governamentais e da população sobre a prevenção das doenças renais”, disse a coordenadora. A insuficiência renal começa silenciosamente quando o rim começa a perder sua função aos poucos, em um processo irreversível e que apresenta sintomas apenas em alto estágio de comprometimento do órgão.
Ela explica que as pessoas que forem até a Praça Brasil, neste dia, receberão atendimento e orientações de uma equipe multiprofissional formada por médico, enfermeiro, nutricionista, psicólogo e assistente social. Além da distribuição de cartilhas e panfletos explicativos sobre como se prevenir da doença renal crônica.
Conforme Delian Alencar, a campanha na cidade está dentro das estratégias adotadas pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) que visa à multiplicação das informações acerca da prevenção de insuficiências renais, utilizando as campanhas de corpo a corpo, divulgação em feiras, eventos e na imprensa.
Delian Alencar informa que dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia mostram que estudos populacionais feitos em diferentes países têm demonstrado prevalência de doença renal crônica em 7,2% para indivíduos acima de 30 anos e 28% a 46% em indivíduos acima de 64 anos.
Em seu estágio avançado, a doença está relacionada ao aumento de internações hospitalares, mortalidade cardiovascular, grande impacto na qualidade de vida e elevado custo para a saúde pública.
O estudo revelou que os principais fatores de risco são a hipertensão arterial, o diabetes melittus, sobrepeso, tabagismo, idade acima de 50 anos, história familiar de doença renal e o histórico pessoal de algum tipo de doença renal.
De acordo com o último censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia, existem mais de 90 mil brasileiros em diálise, sendo 90% em hemodiálise, com um custo anual de dois bilhões de reais. Na última década, houve um aumento de mais de 100% no número de pacientes em diálise.
TRANSPLANTES
Além da diálise e hemodiálise, uma outra opção de tratamento é o transplante renal, que está associado a menores taxas de mortalidade a longo prazo, melhor qualidade de vida e menores custos para a saúde pública. O Brasil tem o maior programa público de transplante renal do mundo. Em 2010, foram realizados 4.657 transplantes de rim no Brasil, sendo 3003 com doador falecido e 1.654 com doador vivo.
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