A história nada bonita da situação das unidades de saúde de Rondonópolis volta a se repetir nesse ano. Como vem acontecendo nos últimos anos, principalmente em 2023 e neste início de 2024, usuários do SUS vivem um caos quando precisam buscar atendimento médico nos hospitais municipais e em postos de saúde.
A condição sempre se agrava em determinados períodos do ano e é justamente a sazonalidade das doenças respiratórias que é usada como desculpa pela Secretaria de Saúde Municipal para o estrangulamento nos atendimentos, principalmente de emergência.
A realidade é que os problemas na saúde municipal não vêm de hoje e não são exclusivos dos períodos em que há aumento das doenças respiratórias. Eles apenas se agravam nestas épocas no ano.
Além disso, o estrangulamento nas unidades municipais de saúde nestes momentos somente evidenciam que existe uma falta total de planejamento por parte da administração do prefeito José Carlos Araújo.
Se já se sabe que há períodos do ano em que a demanda aumenta muito em função das doenças sazonais, por que a Secretaria de Saúde não está preparada?
A desculpa apresentada pela Prefeitura chega a ser vergonhosa. Entra ano, passa ano, e de tempo em tempo a população é obrigada a gritar por socorro diante do caos em que se transformam as unidades de saúde municipais. Enquanto isso, o prefeito anuncia que mais uma Praça Pública será construída.
No caso específico do Pronto Atendimento Infantil, a situação fica ainda mais grave. Sendo o único hospital público que atende crianças em Rondonópolis, mães e pais são obrigados a enfrentarem o caos, passando horas esperando para serem atendidos, muitas vezes em pé, com crianças no colo por longo tempo, pois nem cadeira disponível para sentar têm, como mostrou um flagrante na edição desta quarta-feira do A TRIBUNA.
A verdade é que a Saúde Municipal está uma vergonha e precisa de mudanças urgentes. É preciso ampliar a estrutura de atendimento para atender a atual demanda, bem como é necessário que haja planejamento adequado.
Não se pode esperar que o povo grite por ajuda para, só assim, implementar ações. Não se pode deixar faltar remédios, materiais, médicos e de fornecer uma estrutura, no mínimo, adequada para receber os pacientes.
Os usuários do SUS devem ser respeitados e contar com um serviço digno e de qualidade. É um direito da população e uma obrigação do poder público. A população sugere ao prefeito Zé do Pátio que mude alguns investimentos em praças para atendimentos na Saúde.
