Um levantamento realizado pelo Tribunal de Contas (TCE-MT) constatou a existência de mais de 3,7 mil obras paralisadas em Mato Grosso, sendo elas de responsabilidade do Governo do Estado e de 139 prefeituras. O levantamento apontou ainda que já houve o desembolso de R$ 5,4 bilhões por parte dos Poderes Executivos Estadual e Municipais, faltando ainda o montante de R$ 3,8 bilhões para conclusão das obras. Dados assustadores e que mostram ineficiência e desperdício de recursos públicos.
Não é preciso ir longe para ver obras paradas, Rondonópolis está cheia delas, e pelos mais diversos motivos. Podemos citar a duplicação da Avenida Poguba, segundo a Prefeitura por falta de recursos. Podemos citar o Parque do Escondidinho, que teve a obra retomada e a mesma não anda, estando agora sofrendo com problemas de erosões. Podemos citar o PSF do Padre Miguel, que já tem problemas no teto antes de ser entregue. A lista é longa, e daria para encher todas as páginas do A TRIBUNA.
O grande problema de obras paradas é que, além delas não atenderem a sua função, que é o uso pela população, acabam por consumir mais recursos que o previsto. Muitas vezes a ação do tempo ou humana acaba por danificar esses espaços, gerando mais gastos para que elas possam ser retomadas. São aditivos, modificações no projeto e mais tempo de espera para que a sociedade possa usufruir.
Não podemos negar que a atual gestão retomou algumas obras que estavam paradas há anos, um trabalho que também não é fácil. Mas, a morosidade para a entrega incomoda muito ainda. O Parque das Mangueiras, por exemplo, está nitidamente pronto, mas a população ainda não pode utilizá-lo. É claro, seria injusto colocar a culpa de tudo no atual prefeito, já que situações específicas fogem da sua alçada, mas, é importante que exista luta e trabalho para que essas obras caminhem.
A torcida fica para que nossa cidade saia da lista das obras paradas, e entre em uma lista da que mais entrega obras. Todo mundo sai ganhando quando as coisas funcionam.