A profissão que forma todas as outras, infelizmente, é cada vez menos valorizada no nosso País. Mais uma evidência disso está no levantamento sobre a formação de professores publicado ontem pelo Jornal A TRIBUNA e executado pelo Ibope Inteligência em parceria com a rede Conhecimento Social, a pedido da organização Todos Pela Educação e do Itaú Social.
O que já não eram flores tem ficado desalentador. Apesar de muita gente ter o dom de ensinar, grande parte daqueles que se enveredam nessa carreira no nosso país, segundo a pesquisa, está totalmente insatisfeito com a atividade docente e vê a atividade cada vez mais desvalorizada. Não é animador, mas é a realidade que temos visto na atualidade.
Os dados vêm alertar, novamente, que a educação precisa ser repensada de forma urgente no Brasil. Inclusive, às vésperas de um período eleitoral em que vamos eleger um novo presidente e um novo Congresso Nacional é a hora de levantar neste momento a discussão sobre políticas públicas para a valorização da carreira docente no País.
Nosso novo presidente deve apresentar políticas educacionais que possam colocar o docente como centro do processo educacional, sendo crucial investir na formação continuada, medidas para restauração da autoridade e o respeito à figura do professor e o aumento salarial. Não podemos ignorar que a escolha da profissão passa nesse sentido muito além da questão salarial, mas principalmente em aumentar a autoestima desses profissionais.
Enquanto os docentes não entrarem como pauta essencial para o Brasil, vamos continuar presenciando um país que vive com as desigualdades sociais, com a pobreza, com a violência, entre tantos outros males. Mais que isso: deve-se pensar em um novo modelo de ensino que priorize a aprendizagem dos alunos, não apenas a elevação dos índices educacionais.
O desafio é grande, mas não podemos continuar ignorando a necessidade de debater a educação e os docentes com a visibilidade que os assuntos merecem. O sonho de tornar a profissão de professor realmente digna não pode morrer!
