Estamos bem próximos do período de estiagem em Mato Grosso e, após uma temporada chuvosa de muito caos na cidade de Rondonópolis, chega o momento da maior desculpa para todos os problemas deixar de ser utilizada, respeitando a inteligência da população. “Só quando parar de chover”, “tem que esperar o fim do período chuvoso”, “com chuva não dá pra resolver”, entre outros. Pois bem… A chuva está parando e queremos saber: como o Município vai responder a todas as demandas?
Problemas não faltam, desde buracos na malha viária até gigantes erosões que colocam casas e moradores em risco. São inúmeros os bairros que estão em situação crítica, com ruas intransitáveis, gente que não consegue entrar ou sair da sua casa com seu veículo. Na cidade, não é exagero dizer, o direito de ir e vir não está sendo respeitado em diversos pontos.
Entre os que foram citados nos últimos meses em reportagens do jornal estão as erosões no Jardim das Paineiras e na Avenida W11, que ainda estão praticamente do mesmo jeito, com os poucos serviços paliativos já danificados. As erosões às margens da Avenida dos Estudantes, entre o Parque São Jorge e o Colina Verde que colocam em risco os motoristas que passam pela região. A ponte na Rua Dom Pedro II, que está com a base de uma de suas cabeceiras danificadas, as ruas de vários bairros da Região Salmen, como o Parque Universitário, entre tantos outros problemas.
Em comum, além do fato de que todos precisam ser solucionados, está o fato de que apenas serviços paliativos não serão o suficiente. É mais que necessário resolver de forma definitiva, ou estaremos sempre “chovendo no molhado”. A temporada de chuvas foi de muitos transtornos na cidade, com ruas danificadas, casas inundadas, bocas de lobo entupidas e contribuindo com alagamentos e tantas situações que provocaram prejuízos e revolta na população.
Como a gestão está resolvendo as pendências que ficaram e como estão as ações para evitar o caos novamente quando voltar a chover? Pode ser que alguma coisa esteja sendo feita, mas, para quem olha de fora, não estamos observando nada. A revolta diante do caos deste ano passou apenas de uma cobrança aos políticos e chegou a algo mais pessoal, com xingamentos fortes e certa dose de ódio.
É importante que as autoridades se lembrem que o povo de Rondonópolis chegou ao limite com a bagunça estrutural da cidade e não deve aceitar pacificamente mais um ano de desrespeito e abandono. É tempo de abrir o olho!
