20.1 C
Rondonópolis
, 29 maio 2024
 
 

Temos que acreditar

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img

É cedo para comemorar? Essa é a pergunta que muitos estão se fazendo após o anúncio de que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1% nos primeiros três meses de 2017. Puxado pelo bom desempenho do agronegócio, com uma safra recorde que provocou o extraordinário crescimento de mais de 13% no setor em relação ao trimestre anterior, foi o primeiro resultado positivo após uma sequência de oito trimestres sem avanços.
O presidente da República, Michel Temer, chegou a comemorar o fim da recessão e afirmar que o Brasil teria saído da situação terrível em que estava, e agora começariam as boas novas. Embora o agronegócio tenha puxado a economia, o crescimento da indústria veio abaixo do esperado e o segmento de serviços (comércio), com grande peso na economia, ainda está praticamente estagnado. Tudo que se refere a retomada do crescimento ainda é muito novo, inseguro, e precisa ter o olhar atento de todos. Devemos comemorar? Logicamente que sim! Após dois anos, o Brasil aparenta que irá deixar a pior recessão do século… Mas, não podemos nos esquecer de que a crise política está longe do fim.
Milhões de brasileiros perderam os empregos, milhares de empresas quebraram e o Estado caminhou para a insolvência. O Brasil perdeu a confiança dos investidores e a confiança em si mesmo nos últimos dois anos. Como mudar um quadro tão ruim? O mercado aguarda as reformas propostas pelo governo, as reformas são impopulares. O governo diz que estamos estáveis, parte da população quer a saída do presidente. São essas situações que impedem a retomada do crescimento, e elas precisam mudar. Mais um ano de recessão é um cenário inimaginável para os brasileiros.  Quando você tem famílias e empresas endividadas, e aqui ainda temos até o governo endividado, a solução precisa vir de forma mais rápida.
Comemoremos então a boa notícia na economia. No mais, a torcida é que a crise política seja superada em curto espaço de tempo para que a população sofra o menos possível, que o poder de compra seja retomado. O problema é que não há saída de fácil execução. Todas as opções disponíveis, incluindo a permanência de Temer no poder, produzem consequências delicadas com potencial de atrapalhar o projeto de retomada do crescimento econômico. Desafio grande para os governantes, desafio maior para os empresários e a população brasileira como um todo. Que os próximos trimestres cheguem com resultados positivos, e que não tenha sido apenas um alarme falso provocado pelo agronegócio. Que seja a retomada real.

- PUBLICIDADE -spot_img

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Barroso dá 72 horas para SP explicar edital de câmeras para polícia

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, deu 72 horas para o governo de São...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img