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Rondonópolis
, 19 maio 2024
 
 

Crime contra a criança

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Estampado nos veículos de comunicação da mídia Mato-grossense no início desta semana: “Pai é preso suspeito de estuprar filha com paralisia cerebral em Sinop”. A notícia causa revolta, não é mesmo? E saber que esse é um caso que veio à tona, em meio a milhares que jamais serão descobertos?
Essa é a grande preocupação de um projeto que se inicia na cidade, envolvendo a Vara da Violência Doméstica, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Defensoria Pública, alguns Conselhos Municipais e o Ministério Público. Existe uma grande preocupação, especialmente da juíza titular da Vara, Maria Mazarelo Farias Pinto, que recebe os processos envolvendo esse tipo de crime, com o crescimento do abuso infantil em Rondonópolis. Conforme exposto na edição do último domingo, a juíza lembra que nos últimos 10 anos foram 128 casos de violência sexual contra crianças julgados na Vara. Atualmente, são quase 30 casos em andamento. Ao longo de 10 anos, 128 pessoas que tiveram essa interferência em sua vida, na grande maioria das vezes, com danos que são irreversíveis.
A grande maioria dos casos de pedofilia não chegam ao conhecimento das autoridades. É difícil saber o que se passa dentro do lar de cada um, mas o olhar atento pode fazer a diferença. Um setor que pode contribuir muito é o da educação, e este deve ser o foco do projeto, já que a expectativa é que atividades sejam desenvolvidas dentro das escolas. Talvez a criança não conte para a mãe por medo, talvez a criança não conte a um parente por sofrer ameaças, talvez a criança não conte ao professor por não se sentir segura… Confiança, é isso que se pretende motivar.
Quando o diálogo entre pais e filhos e comunidade escolar é aberto e acolhedor, o ambiente torna-se propício para que a criança sinta-se à vontade para revelar o abuso. Para isso, ela precisa ter consciência de que está tendo o seu direito violado, e a escola é parte importante neste processo. O projeto está apenas sendo pensado, se organizando, mas fica a torcida para que ele realmente saia do papel, se fortaleça e faça a diferença na vida de crianças que conheceram ou possam vir a conhecer tão cedo a face mais cruel do ser humano.

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