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Barril de pólvora

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A crise no sistema carcerário brasileiro é um tema que tem sido alvo de inúmeras discussões. O maior de todos os problemas enfrentados refere-se à questão da superlotação. Ao que se observa, é um problema que não apresenta uma solução em curto prazo. O Brasil está nos noticiários internacionais desde o massacre ocorrido em Manaus, em um presídio privatizado, que muitos acreditavam ser a solução para o gerenciamento dessas unidades. Há denúncias de regalias concedidas para detentos, alguns chamados de “representantes”, que tem acesso livre aos corredores das cadeias e até dispensados de revistas. Se a coisa vai mal no público, no privado já vimos que não será diferente.
Todos sabemos que o Brasil é um caso sério, não é para amadores. Aqui, a política criminal existe, porém a sua aplicabilidade é quase que nenhuma. A morosidade da justiça, muita das vezes acaba colaborando para a manutenção do alto número de presos, haja vista que, com a demora de julgamento, muitos dos presos provisórios acabam por ficar encarcerados mais tempo do que ficariam se fossem condenados com a pena máxima do delito praticado.
Somando-se a isso, está o fato de que o número de criminosos não para de crescer, e, além dos cidadãos predispostos a vida de bandido, há também aqueles cujo o Estado falhou desde o seu nascimento, sem saúde, sem educação, sem lazer, sem oportunidades, que veem na criminalidade uma forma de conseguir aquilo que jamais terão com trabalho.
Com isso, existe a necessidade de estruturar o sistema carcerário, com presídios, com vagas e com servidores, o que não acontece. O Estado não acompanha o crescimento do crime, é fato. Agora, quando as inúmeras facções atuantes no Brasil resolvem se enfrentar, a União decide que liberar dinheiro para construir mais penitenciárias é a solução para um problema urgente. Oras, um presídio para ser construído vai levar três, quatro anos, com todos os incidentes que ocorrem, licitações e tudo mais… A calamidade requer urgência!
Outro erro: os setores de inteligência que detectaram o risco da matança e nada fizeram, para que servem? Apenas para gastar dinheiro público, deve ser. Trata-se de uma sucessão de erros e falhas, que coloca a população em risco. Você pode até pensar que “não está morrendo ninguém que presta”, pode até ser. Mas é errôneo pensar que não seremos atingidos, uma hora um servidor pode morrer, um cidadão pode sofrer nas mãos de um dos fugitivos das rebeliões. A crise afeta todo mundo, sim.
O Estado de São Paulo vivenciou por alguns dias a força de uma facção criminosa, que só parou uma onda de ataques devido a negociação vergonhosa que o Governo Paulista fez. Ao que parece, as autoridades do País continuam a brincar com coisa séria. Os presídios brasileiros são controlados pelos criminosos, a vida dos brasileiros está diariamente na mão de criminosos, já que o nosso direito de ir e vir praticamente não existe. Ou a União e os Estados Brasileiros retomam a situação, ou é de se temer o que está por vir.

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