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Rondonópolis
, 14 maio 2024
 
 

É o sonho das pessoas que está em jogo

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Quantas obras públicas estão abandonadas atualmente em Rondonópolis? As intermináveis construções já viraram parte da paisagem urbana da cidade. Parque do Escondidinho, Parque das Mangueiras, postos de saúde, residenciais… A cidade não difere dos outros Municípios brasileiros no quesito problemas, mas quando se coloca na balança a sua força comercial, potência econômica e a representatividade política em âmbito federal, fica quase indefensável tantos problemas que nunca são solucionados.
Quando se fala em moradia, o descaso com o sonho de muita gente ganha contornos revoltantes. Lembremos do passado recente, quando uma onda de invasões aos residenciais que estavam com as obras paradas só terminou com intervenção policial. Muita gente tentou aproveitar a situação, claro, mas muitos também foram motivados pela revolta de pagar aluguel e mofar no cadastro de habitação do Município enquanto casas estavam sendo destruídas por vândalos ou pela ação do tempo.
Há dois anos, o abandono da obra do Residencial Dona Neuma vem sendo noticiado em nossas páginas. Na edição de ontem (3), mais uma vez, o Dona Neuma ganhou destaque devido a um incêndio no mato alto que cerca as casas que não foram terminadas. Poderia ter acontecido o pior, como perder os 60% de obras que já foram feitos. Se não há competência para a finalização do residencial, imagine só começá-lo novamente.
É incrível como a cidade tem a capacidade de sempre ter em sua obras empreiteiras que não dão conta do recado. Dentre as obras paradas, faz-se necessário ressaltar que, muitas vezes, durante as licitações, as empresas orçam os projetos com custos abaixo do necessário e depois não têm recursos para finalizar, paralisando as construções. Ou então, muitas vezes, tudo já é feito de caso pensado. O que ainda causa mais espanto, é a facilidade que essas mesmas empresas têm para participar novamente de processos licitatórios.
Outro ponto que deve ser destacado nesse entrave do Residencial é a morosidade de se resolver o problema. Talvez seja porque as pessoas que têm como trabalhar para o destravamento da obra já tenham as suas casas, e não há pressa para que os cidadãos de baixa renda consigam as suas. Não há luta, não há fiscalização para que situações como estas deixem de acontecer.
Zelar pelo aprimoramento de critérios técnicos que assegurem resultados compatíveis com a destinação da obra que está sendo realizada é indispensável, e nisto, somos falhos. É preciso um basta na forma como as construções, especialmente as moradias, são tratadas.
Não se trata de um bem descartável, semelhante a outro qualquer… Se trata do sonho das pessoas. Enquanto os responsáveis diretos ou indiretos pelos fiascos de obras públicas permanecerem impunes, não há dúvida de que a farra com o dinheiro público irá continuar indefinidamente. Pobre de quem fica em meio a este caos.

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