Uma preocupação de todos

Mato Grosso tem, desde o início do ano até o dia 14 de julho, 558 casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRGA), conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT). Deste total, 42 foram confirmados como Influenza H1N1, e 354 continuam em investigação. Em Rondonópolis, os números também são preocupantes. Conforme boletim da Vigilância Epidemiológica divulgado anteontem (13), 60 casos foram notificados na cidade, 31 estão sendo investigados, 20 foram descartados e 9 confirmados. Dentre eles, a confirmação da morte de um menino de 10 anos, ocorrida no mês de maio. O sinal é de alerta, além da morte por H1N1 confirmada, duas outras mortes estão em investigação pela mesma causa.
O momento é de atenção, tanto por parte da população quanto por parte do Município. Todas as pessoas que estão envolvidas com o atendimento de saúde, têm que ter o carinho e a responsabilidade de cuidar com atenção dos pacientes que lhes chegam. Estamos na época do ano mais propícia a gripes e resfriados, os postos de saúde e pronto atendimento estão cheios, todo mundo está no seu limite: quem está doente e quem está trabalhando horas lidando com todo tipo de situação. Apesar disso, é momento de por a mão na consciência e entender que a questão é bem maior do que as nossas necessidades pessoais, é questão de vida, é de se evitar que mais mães chorem a morte de seus filhos.
Quanto a nós, cabe a precaução. As orientações são inúmeras e vem sendo feitas constantemente desde 2009, quando teve início o surto de H1N1 no Brasil. Cobrir a boca com as mãos ou com um lenço ao espirrar, não compartilhar alimentos, copos, toalhas e outros objetos de uso pessoal, evite tocar nos olhos, boca e nariz em ambientes públicos ou antes de higienizar as mãos, e lavar sempre as mãos.
São dicas básicas, que podem fazer a diferença. Existem também as indicações para evitar aglomeração de pessoas e ambientes fechados, principalmente no inverno, e manter os ambientes arejados. São cuidados simples, para se evitar um problema maior. A H1N1 não é uma gripe comum, ela é perigosa e pode matar. Talvez não estejamos tão atentos a isso, mas ela está circulando e matando.