O Rio de Janeiro vai receber durante as Olimpíadas mais de 100 chefes de Estados, 10 mil atletas de 207 países e aproximadamente 500 mil turistas. É muita responsabilidade para um país como o Brasil sediar a primeira Olimpíada na América do Sul, principalmente neste momento crítico para o mundo, que vive o terrorismo geral e globalizado. O terror não está mais localizado em regiões específicas, o terror é global. Anteontem, tivemos mais uma prova de que a barbárie está instalada. O atentado na França, novamente, mostra que o ódio só aumenta e que os que menos têm culpa disso, como as crianças, estão pagando cada vez mais por ele.
Um caminhão investido sobre a multidão, atropelando homens, mulheres, idosos, crianças… Atropelando o que encontrou pela frente, deixando apenas rastro de sangue… Uma monstruosidade sem limites. O caminhão teria percorrido cerca de dois quilômetros, em zigue-zague, enquanto atropelava a multidão, e antes de morrer, o motorista ainda disparou três vezes contra agentes da polícia. O que motiva tanto ódio e derramamento de sangue no mundo? Ainda buscamos a resposta, até porque por Deus não é. Independente da religião, da crença, do Deus, Deuses, Santos, Orixás… Independente do que você acredita e deposita o seu coração, nenhuma delas diz que devemos matar o nosso semelhante como prova do nosso amor.
A multidão na França estava em clima de festa, assistindo a queima de fogos em comemoração ao Dia da Bastilha. Assim como o que ocorreu em Nice, diariamente em diversos pontos do mundo, muitas pessoas perdem a vida, são mutiladas ou tem suas famílias destruídas devido a um ódio que não é delas.
As forças de segurança brasileiras e o do mundo não devem estar indiferentes ao perigo que ronda o País. O problema é que os atentados terroristas estão voltando-se para locais que, mesmo que sob forte vigilância, são vulneráveis aos ataques de indivíduos dispostos a matar e morrer, e não existe a necessidade de um grande plano como foi o ataque ao World Trade Center, nos Estados Unidos, basta um deles para causar danos grandes e irreversíveis.
Os tempos são sombrios e escuros, não bastava o mundo sofrer com a fome, as doenças, a pobreza, a desigualdade… O mundo também sucumbe ao medo. A civilização há de encontrar uma forma de superar isto, precisamos ter fé, mas o fato é que acontecimentos como o da França nos lembram como estamos indefesos à ação da ódio. Não somos nada perante o terror.
