Todos contra os clandestinos

O avanço da clandestinidade preocupa profissionais de todos os seguintes do transporte de passageiros de Rondonópolis. Primeiro foram os taxistas que procuraram o Jornal A TRIBUNA para alertar da concorrência desleal com táxis clandestinos, especialmente da cidade de Pedra Preta. Depois, o segmento de mototaxistas também procurou a reportagem para denunciar a atuação de dezenas de clandestinos na atividade. Agora é a empresa que administra o miniterminal rodoviário da Marechal Rondon que anunciou o crescimento do transporte clandestino de passageiros para municípios da região.
Todas essas denúncias evidenciam que o setor de fiscalização da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (Setrat) não está funcionando como deveria, para não falar em omissão por parte do poder público. A situação é preocupante, considerando que os profissionais regularmente cadastrados pagam seus impostos em dia e acabam perdendo clientes com pessoas que atuam na clandestinidade. A situação também coloca em risco a segurança da população usuária desses serviços, considerando que os clandestinos não estão devidamente preparados e capacitados, sem falar do risco de assaltos, estupros e outros crimes.
Os prejuízos com a clandestinidade são diversos, inclusive para a administração pública que deixa de arrecadar e incrementar a receita municipal. Infelizmente, mais uma consequência constatada, conforme informado pelo Jornal A TRIBUNA, é que o miniterminal rodoviário da Marechal Rondon será desativado frente ao avanço do transporte clandestino, com embarques fora do terminal localizado na região central.
Todas essas denúncias e situações precisam de uma resposta urgente do poder público municipal, com o fechamento do cerco contra a clandestinidade em diversos segmentos do transporte público. Se a Prefeitura não tem estrutura de fiscalização, convém fazer uma parceria com outros órgãos de segurança, como Polícia Militar, para combater essas atuações irregulares que prejudicam a todos. O que não pode é que essas situações prejudiciais avancem como se Rondonópolis fosse cidade sem lei!