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Rondonópolis
 
 

É o fim da picada!

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Vivemos tempos de violência generalizada, não há pobres ou ricos que escapem dela, todos nós podemos ser vítimas a qualquer momento. Vivemos tempos também onde o medo só existe para a sociedade que está encarcerada, porque os criminosos, mesmo atrás das grades, não estão realmente presos. Esta semana vivenciamos em Rondonópolis o que podemos chamar de o verdadeiro fim da picada! Quando um criminoso comete um crime, ele tenta não deixar provas. Quando a polícia investiga um crime, ela procura provas. Mas nós estamos diante de um fato interessante: um crime que foi gravado pelos próprios bandidos e divulgado para o conhecimento de toda a sociedade.
No último domingo (5) uma mulher, que ostentava armas em fotos publicadas em redes sociais, foi assassinada dentro de sua casa após fazer ameaças ao crime, também por meio de redes sociais. Os bandidos que foram até a sua casa matá-la gravaram o passo a passo do crime pelo celular, e depois mostraram como agem quando são confrontados. Quer maior afronta ao Estado, à polícia e a sociedade do que isso? Não há medo de nada e de ninguém. O caso ganhou um grande destaque na cidade, principalmente pelo fato de ninguém ter sido preso até agora. Sejamos claros, a polícia está em greve, lutando pelo que lhe é de direito. A revolta fica pela forma com que a população está sitiada, não só aqui, como em todo o País.
Qual a saída para conter ações deste tipo? É possível? Sabemos que precisamos combater o mal no seu início, dando educação de qualidade e oportunidades, mas o problema parece ser crônico. O nosso sistema prisional, por exemplo, não recupera ninguém e parece um matadouro ou uma universidade do crime.
Devemos mudar também outro sentimento. Por que a criminalidade não tem medo da polícia e a população tem? Pesquisas recentes no Brasil mostram que 62% da população tem medo da Polícia Militar, especialmente pessoas entre 16 e 24 anos, que recebem até dois salários-mínimos (68%) e são negras (71%). No caso da Polícia Civil, o medo foi manifestado por 53% dos entrevistados, a maioria mulher. Isso merece também uma reflexão, principalmente das pessoas responsáveis pela segurança pública. Em tempos de insegurança e de medo, o que aconteceu em Rondonópolis mostra que estamos certos em nos sentirmos como livres prisioneiros.

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