Troca de experiências

Toda uma estrutura foi montada para que o Encontro Estadual dos Conselhos Comunitários de Segurança fosse realizado em Rondonópolis no último fim de semana. Principalmente os conselheiros de Rondonópolis, se esforçaram para arrecadar fundos para a realização do evento, inclusive vendendo rifas. Os conselheiros das demais cidades do Estado também fizeram seus investimentos, seja para pagar viagem ou para se alimentar… É pena que o Governo do Estado não valorizou esse Encontro.
Os conselhos de segurança existem com o objetivo de ser um instrumento de ação nas relações entre a polícia, comunidade, entidades públicas e privadas e demais segmentos da sociedade civil organizada. A sociedade brasileira tem pouca experiência em participação cidadã, em si tratando de Segurança Pública então, o quadro ainda é mais sério.
A segurança ainda é encarada por grande parte da população como responsabilidade exclusiva do Estado. Pois bem, em sua passagem recente por Rondonópolis, o novo secretário de Estado de Segurança, Rogers Jarbas, cobrou essa participação da comunidade em sua fala.
Na primeira oportunidade de ouvir a comunidade, representada pelos Consegs, simplesmente ele não apareceu. Existe a desculpa de que ele esteve em Rondonópolis há poucos dias, tudo bem, mas será que um representante da Secretaria não poderia estar aqui? Ficou feio para a gestão Taques.
Deixando isso de lado, o Encontro serviu pelo menos para a troca de experiência entre os conselheiros, que puderam através desse contato, saber o que se passa e quais são os problemas enfrentados pelos outros municípios, além de quais políticas públicas seriam importantes para solucioná-los.
Todas as cidades, sejam elas pequenas ou grandes, enfrentam os seus problemas. Claro, cada uma com as suas particularidades. Nesse Encontro foi possível verificar que a estrutura insuficiente das forças de segurança são comuns à todas. Seja por furtos, roubos, tráfico de drogas, homicídios e até mesmo falta de viaturas.
Por meio do Encontro, os conselheiros puderam debater, criticar, elogiar, criar ideias, sugestões e pensar soluções para que o poder público coloque em prática. Pena que não tinha ninguém do governo estadual com poder de “caneta” para ouvir tudo isso.