Resposta à ousadia

A bandidagem anda fazendo escola e, a cada dia, surpreende pelos aparatos e estruturas usados em ações diversas, especialmente em roubos a bancos. Nos últimos anos, quadrilhas fortemente armadas que agem no interior do Brasil, atacando agências bancárias, ficaram conhecidas por se valerem da modalidade chamada de “novo cangaço”.
Neste começo de semana, uma ação desse tipo aconteceu bem próxima de nós, na cidade de Sonora (MS), que tem forte ligação econômica com Rondonópolis. O Jornal A TRIBUNA noticiou ontem os detalhes desse ousado assalto a banco acontecido nesse município, com uso de explosivos potentes, quando a agencia bancária foi praticamente demolida, tiros contra prédios públicos e pessoas sendo feitas reféns.
Essa situação mostra a que ponto chegou o policiamento dos estados brasileiros, com estruturas ultrapassadas, sucateadas e baixos efetivos. Enquanto as nossas polícias se esforçam para avançar em armamento e efetivo, os bandidos estão bem à frente, com armamentos pesados e estruturas maiores do que as existentes em pequenas cidades interioranas.
Nessa realidade, mesmo na cidade de Rondonópolis, registramos ações ousadas de bandidos contra caixas eletrônicos, que são frequentemente explodidos. Lamentavelmente, o Estado não consegue garantir uma segurança adequada nem nos médios e grandes centros urbanos, imagina nas pequenas cidades brasileiras, onde, além de tudo, o diminuto espaço urbano facilita as fugas.
Os estados brasileiros, com o devido suporte da União, precisam dar uma resposta para os grupos desse “novo cangaço”, que agem levando pânico para a população. Uma estratégia de combate a esses crimes, com pontos de policiamento em regiões estratégicas de cada estado, com homens altamente capacitados e com fácil deslocamento, fazendo uso inclusive de helicóptero, seria pertinente.
A bandidagem precisa saber que terá uma estrutura à altura para impedir eventuais investidas em agências bancárias do interior brasileiro. Enquanto for patente a fragilidade da segurança nas nossas cidades, continuaremos presenciando barbaridades como a registrada no município de Sonora… Infelizmente.