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“Comércio da morte”

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A operação conjunta entre a Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar e Politec, denominada “Mercenários”, é uma das maiores no Estado de Mato Grosso nos últimos 15 anos. Dezessete pessoas foram presas acusadas de serem integrantes de uma organização criminosa que pratica homicídios por dinheiro. Veja bem, a investigação apontou que a organização era formada com o objetivo de assassinar pessoas, não somente com antecedentes criminais, mas também sob encomenda, tendo como principal motivação o “comércio da morte”.
Não se tratava de justiça com as próprias mãos ou algo do tipo, se tratava de crimes por dinheiro. Existe a suspeita que um dos presos seja responsável por mais de 60 execuções praticadas nos últimos dois anos. Entre os presos na operação estão seis policiais militares, talvez, o que tenha dificultado para que a investigação demorasse tanto para chegar nos autores dos homicídios que ajudam a elevar os números de crimes contra a vida das já violentas Cuiabá e Várzea Grande. Os próprios delegados das investigações relataram que os executores eram bem treinados e os crimes executados com extrema frieza e precisão, fato este que dificultava a prova testemunhal.
É claro que não se pode, em momento algum, usar o fato do envolvimento de policiais na organização criminosa para se generalizar e atacar a categoria. Assim como em todas as profissões e em todos os segmentos, há bons e maus profissionais. Os policiais têm o dever constitucional de realizar o policiamento ostensivo e preventivo, e manter a ordem a pública. Mais do que isso, eles têm a missão e prometem em juramento proteger a sociedade, eles são os nossos guardiões, porque são os que estão mais próximos da população, na linha de frente.
Por isso, sempre que o nome de um deles aparece em meio a uma notícia assim, gera-se uma sensação de que talvez não estejamos tão protegidos, o que não pode acontecer. Para cada policial ruim, existem inúmeros que dão as suas vidas em troca da proteção da população. Por isso, mais do que o Estado punir, é preciso que os bons policiais cada vez tenham mais consciência de que o corporativismo com os colegas de farda não pode encobrir atitudes criminosas.
Fazer “vista grossa” só faz com que os casos de desonestidade cometidos por agentes da corporação cresçam e que essas pessoas manchem o nome da Instituição. Sempre que um cidadão se vê em apuros, ele automaticamente lembra de duas coisas: “Meu Deus, chama a polícia!”. Por isso, precisamos da multiplicação dos bons profissionais e do rigor para combater os ruins. Que os bons prevaleçam, a sociedade agradece!

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