Divisão de opiniões

Desde a sua implantação, o estacionamento rotativo pago em vias públicas vem dividindo opiniões em Rondonópolis. Para uns, trata-se de uma comodidade na hora de estacionar na região central. Para outros, uma despesa a mais quando se vai às compras no quadrilátero abrangido.
O Jornal A TRIBUNA já se posicionou que se tornou uma necessidade o funcionamento de um sistema para ordenar o estacionamento nas vagas existentes, em virtude do atual processo de crescimento de Rondonópolis. Com uma frota de mais de 150 mil veículos, encontrar uma vaga para estacionar vinha sendo uma tarefa extremamente difícil até então.
Em meio à divisão de opinião acerca do estacionamento rotativo, o prefeito Percival Muniz anunciou, nesta semana, conforme publicado ontem no Jornal A TRIBUNA, que pretende fazer uma pesquisa de avaliação para saber se o comércio quer ou não a permanência do sistema. Essa pesquisa, segundo ele, será feita assim que o sistema completar um ano.
A posição do prefeito em promover a pesquisa é pertinente, pois abre espaço para ajustes cruciais para o bom funcionamento do estacionamento rotativo pago em Rondonópolis, sem que venha ter ampla rejeição por parte dos consumidores ou lojistas.
De antemão, assim como externou o prefeito, independente do funcionamento do sistema, os comerciantes e seus funcionários não podem mais ter a prática de ficar com os veículos estacionados na frente dos estabelecimentos, durante todo o dia, tirando as vagas dos consumidores – como ocorria antes.
Mesmo assim, a pesquisa a ser feita pela Prefeitura precisa ser bastante abrangente, não se restringindo quanto ao desejo de continuidade ou não do estacionamento rotativo na cidade. Necessita ser uma pesquisa que venha abordar questionamentos diversos: O preço cobrado pela hora deve ser reduzido? A área coberta precisa ser reduzida? O tempo de tolerância tem de ser respeitado? Há necessidade de mais vagas para deficientes e idosos?
Enfim, acreditamos que agora é o momento de aprimorar o estacionamento rotativo (a zona azul), para que haja uma aceitação maior perante aos lojistas e consumidores e não de regredir no tempo, voltando ao caos de antigamente…