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Rondonópolis
, 12 maio 2024
 
 

A que ponto chegamos….

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A situação crítica da saúde em Mato Grosso não é muito diferente do que acontece no Brasil. Habitualmente, não há verba suficiente para a saúde, e quando ela existe, é corroída pela má gestão ou pela corrupção. Ganhou notoriedade na mídia nacional o caso do senhor Vitalino Ventura da Silva, de 58 anos, que foi dado como morto e levado ao necrotério em Cuiabá, ainda vivo. Aconteceu com Vitalino, mas poderia ser com qualquer um de nós. Todos que precisam de atendimento médico estão sujeitos a serem jogados em algum corredor qualquer, abandonados à própria sorte.
A saúde pública é um verdadeiro caos, a população desesperada com a ineficiência do sistema leva sua raiva até os funcionários de pronto atendimento e hospitais, eles que por sua vez são mal remunerados, com longas jornadas de trabalho e totalmente desmotivados. Essa combinação, claro, não é das melhores. No caso da médica que atestou um óbito inexistente, mal pago não é bem a palavra, mas sim deficiência técnica.
Profissionais despreparados estão espalhados por todo o país. Mas o que fazer? Qual seria a solução para os problemas do serviço público de saúde? Como evitar chegar a este ponto, onde pessoas vivas são enviadas a necrotérios? Não dá pra dizer que será necessário acontecer uma tragédia para que algo mude, as tragédias acontecem o tempo todo.
Em Rondonópolis, pacientes sofrem a espera de atendimento, de cirurgias, muitas vezes sendo necessário recorrer à justiça para conseguir o que lhe é de direito. Por inúmeras vezes os veículos de comunicação noticiam casos de pessoas desesperadas por atendimento para seus parentes, que na maioria das vezes estão em risco de morte. No caso das Unidades de Terapia Intensiva (UTI), não é novidade para ninguém por aqui, pra conseguir uma vaga, muitas das vezes, só apelando para a justiça. Agora, se a necessidade for UTI Pediátrica, só resta torcer muito ou, para quem tem fé, rezar.
O Sistema Único de Saúde (SUS) no papel é perfeito. Mas, na realidade, falta muito para que seja o que a população realmente espera. Pesquisas recentes mostram que 25% da população do país se associa a algum plano de saúde para suprir a deficiência do sistema público, e mesmo pagando muito, as reclamações são inúmeras. Já os pobres, aqueles que mais precisam, os que não podem pagar por atendimento médico, continuam sendo vítimas da iniquidade dos nossos governantes, completamente alheios ao sofrimento da população, torrando dinheiro com projetos muitas vezes sem a menor lógica ou pior ainda, guardando o dinheiro do povo em seus próprios bolsos.
São muitas as explicações para os problemas que a saúde pública passa, mas quase todas as perguntas chegam a uma única resposta: o caos se deve à falta de vontade política para resolver o problema. E nunca é demais lembrar, os que têm falta de vontade estão no poder porque nós, democraticamente, assim os escolhemos. A mudança só pode começar na urna.

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