Preocupação à vista

O período de dificuldades econômicas vivido pelo Governo Federal, com ajustes fiscais para aumento da arrecadação e contenção das despesas, vem gerando impactos negativos nos mais diversos setores pelo Brasil afora. Esse momento de turbulência já reflete na condução de grandes obras públicas, a exemplo da duplicação da BR-163/364 entre Rondonópolis e Cuiabá, conforme revelado ontem pelo Jornal A TRIBUNA.
As empreiteiras que atuam nas obras de duplicação da BR-163/364 entre Rondonópolis e Cuiabá estão com várias medições de serviços realizados sem receber. Esses atrasos, segundo informado, vêm provocando morosidade nas obras de duplicação do trecho. Para piorar, não há expectativa para normalizar os pagamentos, por enquanto. Além disso, o Orçamento de 2015 não foi votado ainda pelo congresso nacional.
Mais uma vez, o mato-grossense (o rondonopolitano parece ser o mais interessado) se vê preocupado com os rumos da duplicação da BR-163/364. Apesar dos avanços na duplicação do trecho sob responsabilidade da concessionária, pairam muitas dúvidas sobre a conclusão dentro dos prazos programados do trecho sob responsabilidade do Governo Federal. Aliás, vale lembrar que existe trecho da BR-163/364, no caso entre Cuiabá e Rosário Oeste, onde nem a licitação da duplicação foi aberta – a licitação feita em 2014 foi revogada.
Em meio a tantos problemas, o tempo está passando e, caso não haja priorização nesse projeto de duplicação, o prazo contratual de realização das obras em Mato Grosso corre o sério risco de não ser cumprido. No caso do trecho entre Rondonópolis e Jaciara, por exemplo, o prazo de execução das obras é de 1.230 dias. A duplicação nesse trecho iniciou em meados de 2013 e quase dois anos já se passaram. O prazo acordado se encerra até novembro de 2016 e falta muita coisa a ser executada.
É hora do Comitê Pró-Rodovias voltar a ficar atento em relação à duplicação da BR-364 entre Rondonópolis e Cuiabá, intensificando as cobranças junto aos nossos representantes políticos. Afinal, em se tratando de rodovias, podemos fazer um trocadilho: “alegria de mato-grossense dura pouco!”