A partir da próxima semana, as atenções se voltam novamente para o Supremo Tribunal Federal (STF) que pretende, conforme o presidente, ministro Joaquim Barbosa, começar a julgar os segundos embargos declaratórios do Mensalão na quarta-feira (13). Desta vez, se os ministros acharem que os embargos são somente para atrasar o julgamento, podem determinar a prisão do réu de forma imediata.
Serão julgados os recursos de dez réus que pediram redução de pena, por entenderem que houve falhas no julgamento dos primeiros embargos de declaração, em setembro. Entre os réus que entraram com o recurso estão o presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson, o deputado federal Pedro Henry (PP-MT) e o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP).
Portanto, diante deste quadro, os réus estão jogando com a sorte, podendo ir parar na prisão ainda na próxima semana, mesmo porque, a maioria dos ministros, nas análises dos primeiros embargos de declaração dos mesmos réus, entendeu que não havia motivos para a redução de pena destes.
O que se espera do STF é o julgamento rápido e justo dos réus de uma vez por todas. A morosidade da justiça somente vem a contribuir para a sensação de impunidade que a população acumula cada diz mais. E, pensar que após os segundos embargos de declaração, ainda estão por vim os julgamentos dos embargos infringentes, cujos réus que têm direito de reclamá-los têm até a próxima segunda-feira (11) para entrarem com recursos.
Acontece que o processo do Mensalão, como ficou conhecido, tem demorado além da conta para ser julgado, e casos de corrupção já se tornaram clássicos por acabarem com os réus livres da prisão e aptos novamente a concorrerem às eleições. O que se espera desta vez, é que seja diferente. Faremos a primeira análise pelo desenrolar do julgamento dos embargos declaratórios da próxima semana:
prisão ou redução e pena?
