Não se pode acomodar

A cidade de Rondonópolis tem a clara necessidade de avançar em alguns pontos sob o risco de perder o status de município pólo da região Sul de Mato Grosso. Temos ainda que melhorar e muito na saúde, educação, infraestrutura, segurança e até mesmo no setor cultural, onde ainda presenciamos uma carência muito grande de investimentos, e temos também que estar preparados pelo muito que ainda virá para frente.
Prestes a receber os trilhos da ferrovia Vicente Voulo, como foi comentado em algumas oportunidades neste espaço, a cidade de Rondonópolis devido, em alguns casos, a falta de visão da classe política e até mesmo por falta de desejo de uma parte considerável da população em se envolver, pode perder algumas oportunidades. Vivemos um momento onde não podemos de forma alguma perder o chamado bonde da história.
Um claro exemplo que estamos vendo é a campanha da duplicação da rodovia BR-364, no trecho entre Rondonópolis a Cuiabá, que está sendo realizada pelo comitê pró-rodovia. O grupo de pessoas que lidera o comitê tem feito a parte dele, lutado arduamente e buscado soluções com urgência para uma situação que virou perto de ser caótica, os meios de comunicação também ajudando de sobremaneira na divulgação, mas ainda não há um grande envolvimento da população em si, o povo está menos motivado a lutar pela cidade do que em outras oportunidades, há um comodismo em todos os setores.
Talvez é chegada a hora de haver mais pressões populares não apenas nessa situação como em outras que Rondonópolis tem vivido nos últimos anos. Na verdade, se houvesse uma participação popular maior nesses processos, muitas soluções para problemas que são esperadas e aguardadas há anos poderão sair mais rápido do que nós costumamos imaginar. A mudança depende sim da classe política, mas com pressão popular os próprios políticos agiriam de forma mais rápida e eficiente para buscar as soluções e neste aspecto quem ganha é a população, portanto está mais do que claro que não vale a pena se acomodar, pelo bem da nossa cidade e da região onde vivemos.