Intervenções necessárias

Não é de hoje que constata-se a necessidade de inúmeras intervenções no trânsito de Rondonópolis. Os índices de acidentes e de mortes no trânsito sempre foram uma das grandes preocupações sociais. Somente em 2011 foram registradas 105 mortes no trânsito local. O problema é que a gestão municipal sempre alegava a falta de recursos para realizar investimentos nessa vital área da cidade, postergando ações. A grande prejudicada foi a população.
Contudo, vemos que muitas decisões não dependem apenas de recursos e já podiam ter sido tomadas anteriormente. Um exemplo disso é o anúncio da alteração no sentido de ruas do Centro B. Outro exemplo é a decisão de tornar mão única a Rua Goiânia, com alto índice de acidentes. Trata-se de ações mais estratégicas e que não dependiam tanto de recursos, mas que infelizmente não foram tomadas antes.
Agora vemos com bons olhos outros investimentos anunciados pela Prefeitura, a exemplo da instalação de cinco novos semáforos. Contudo, há de se lembrar que a necessidade do município é muito maior e que, no ano passado, a promessa era de instalar ao menos 10 novos conjuntos semafóricos em cruzamentos considerados críticos do município – o que não ocorreu. Outro antigo anúncio não cumprido até hoje é o de acabar com o cruzamento da Avenida Bandeirantes com a Rua Paraíba, no Jardim Assunção, palco de muitos acidentes e muita confusão no tráfego de veículos. Mais um imbróglio tem sido a construção de novas rotatórias ao longo da MT-270, que também depende do Governo do Estado e há muito tempo é algo cobrado pelos moradores.
Um setor tão visado como o trânsito de Rondonópolis, que impacta diretamente em empresas, no setor público e nas famílias, deveria ser realmente tratado como prioridade. Por mais que seja necessário haver mais consciência e menos imprudência no trânsito por parte dos usuários, o poder público também tem o dever de garantir à população a estrutura viária adequada para sua segurança e sua mobilidade. Acreditamos que a construção de um trânsito melhor depende da contribuição de todos, inclusive do poder público fazendo os devidos investimentos.