Por conta própria

A situação da antiga estação rodoviária de Rondonópolis é ainda motivo de debates e polêmica, muito disso devido principalmente a indefinição do Poder Público com relação ao que fazer com o local. O terreno localizado na área central desde a desativação da antiga rodoviária na década passada ainda não teve uma destinação e até mesmo um projeto concreto de utilização.
Ao que parece, os anos estão passando e a administração municipal se convencendo de que nada precisa ser feito naquele local e do jeito que está não seria necessário nenhuma intervenção.
Essa inoperância do Poder Público com relação a aquele espaço beira à falta de compromisso com o centro da cidade e até mesmo com o trânsito de Rondonópolis.
Propostas baratas e viáveis, como a construção de um estacionamento em que entidades beneficentes seriam contempladas para explorar o nobre espaço, não saem do papel.
As medidas onde a demanda de recursos é ainda maior, como construir um terminal ou uma unidade de prestação de serviços para a população, semelhante ao Ganha Tempo na capital, virou algo irreal ou utópico.
Talvez, a solução mais viável seria buscar uma parceria com a iniciativa privada para permutar aquele espaço. A população não iria se opor em trocar a antiga rodoviária por um hospital amplo, limpo e moderno ou até mesmo por uma escola bem estruturada, por exemplos. O que não pode é deixar o tempo corroer uma área estratégica no coração de Rondonópolis.
Cansada de esperar, a população vai aos seus modos utilizando o local. Nesta semana quem passar pela a antiga rodoviária poderá perceber de forma clara que quando o Poder Público não resolve o problema a solução é cada um passar a utilizar o espaço público da forma em que bem entender.Se a proposta inicial da Prefeitura era transformar o local em um estacionamento provisório para desafogar as vagas da região central, isso está sendo feito por conta própria pela população, basta observar a quantidade de carros, motos e caminhões que está estacionando no local.
O local sim virou um estacionamento e sem a interferência do Poder Público, que simplesmente se omitiu em buscar uma solução viável para o mesmo. Ao menos a população não deve deixar uma área tão nobre no centro da cidade mais abandonada do que já estava.