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Rondonópolis
, 13 maio 2024
 
 

Chagas abertas

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A falta de respostas mais ágeis por parte da justiça brasileira, em decorrência dos morosos procedimentos legais necessários à apreciação e julgamento dos respectivos processos, acaba criando uma espécie de desencanto e desesperança nas pessoas que esperam a Justiça fazer justiça.
E inúmeros são os casos de processos que se arrastam por anos a fio, muitas vezes em razão das artimanhas utilizadas pelos causídicos, que se baseiam nas chamadas brechas das leis, e protelam indefinidamente o ato de justiça.
Sem querer entrar no mérito da questão, mas aqui em Rondonópolis nós temos alguns casos assim. Como a tragédia da UFMT em 2007, onde foram violentamente mortos a pró-reitora, Soraiha Miranda de Lima, 41 anos,  o prefeito do Campus, Luiz Mauro Pires Russo, 44 anos  e o professor Alessandro Luiz Fraga; bem como a morte do advogado Geovane Samuel Girotto, de 35 anos, ocorrida em junho de 2006, no centro da cidade, crime este, até hoje sem um esclarecimento. Sem contar o caso da morte do garoto Nilson Pedro da Silva de 15 anos, a Tragédia do Jardim das Flores; além de tantos outros.
O comum nestes casos é que foram crimes bárbaros, hediondos, cometidos ao arrepio da lei, que afrontaram a sociedade e as famílias atingidas. E o que é pior: continuam a espera da referida resposta da justiça. Na próxima segunda-feira (20), por exemplo, completa um ano da barbárie ocorrida no interior de um restaurante da cidade, onde três pessoas foram brutalmente assassinadas, por um motivo pífio, e até hoje, o acusado não foi a julgamento.
Amanhã sábado (18), a família destas vítimas irá fazer um manifesto no centro da cidade, para chamar a atenção das autoridades e da sociedade, para que casos como esse não caiam no esquecimento e continuem a deixar abertas as chagas do sofrimento de quem perdeu seus entes queridos.
Muitas vezes se culpa a imprensa por explorar a fundo os casos relativos a crimes violentos que chocam e abalam as estruturas da sociedade. Todavia, é essa mesma imprensa que não deixa que muitos casos caiam no esquecimento e, com o passar dos anos, se descaracterize jurídico e socialmente após perder o apelo do clamor popular. Então, sem a imprensa para revelar essas mazelas, a própria sociedade acaba pagando um preço muito alto pela demora da justiça.

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