Mais atenção aos idosos

O respeito ao idoso, à sua experiência de vida, ao seu trabalho e ao seu legado de valores (morais e sociais), devem ser levados mais em conta e serem mais respeitados pelas novas gerações, que tem deixado muito a desejar no que se refere ao respeito e consideração com os mais velhos.
Que os jovens de hoje em dia não têm o costume de ouvir e nem respeitar os mais velhos, não é segredo para ninguém. E exatamente por conta disso, por não ouvir a voz da experiência, muitas faltas graves têm sido cometidas pela nossa juventude, que no afã de tomar nas mãos as rédeas do próprio destino, pela consequente imaturidade e falta de experiência, acabam cometendo erros banais e até muito comuns, por não atentarem para os conselhos dos mais velhos: pais, mães etc.
A propósito, a promotora de Justiça Ivonete Bernardes, definiu muito bem na última semana, a questão do desrespeito ao idoso: “Aquele que não trata o idoso com respeito, é porque esqueceu que vai chegar lá”.
E esta frase define muito bem a situação. Os jovens de hoje, e de sempre, acreditam erroneamente na infalibilidade e que nunca vão envelhecer. Mas quando acordam e se dão conta, o tempo passou, ficaram velhos como todo mundo, e aí com certeza vão querer exigir o respeito que não tiveram com os idosos de seu tempo.
Todavia, muito se tem cobrado quanto a definição de políticas públicas que  amparem e assistam as pessoas da “melhor idade”, e o Estatuto do Idoso é uma prova da atenção a esses anseios. Todavia, por mais esforços que façamos, ainda estamos muito longe de podermos afirmar que somos uma sociedade justa que respeita o seu idoso.
Em Rondonópolis, essa preocupação em proteger o idoso vem ganhando força, com as ações do Conselho Municipal do Idoso, que respaldado pelo Ministério Público tem feito conquistas memoráveis em defesa dos mais velhos. Mas o importante seria que não houvesse necessidade do uso da força da lei, para fazer com que as pessoas respeitem os idosos. Isso deveria ser uma conduta normal e deveria fazer parte da cultura social das comunidades, como é muito comum em países da Ásia, Europa e do Oriente. Lá os idosos ocupam lugar de destaque na sociedade e são ouvidos e consultados para praticamente tudo. É o peso da voz da experiência e do equilíbrio racional, disciplinando a juventude e domando a volúpia e a voracidade inconsequente com que se atiram na vida. Devíamos aprender mais com a experiência deles!