Durante a sessão de ontem (28) da Câmara Municipal, a vereadora Marildes Ferreira (PSB) fez duras críticas ao prefeito Zé Carlos do Pátio (PSB). Ela classificou como “inadmissível” a situação de “descaso” que encontrou na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em uma vistoria que realizou após receber denúncias de falta de remédios e insumos básicos, como luvas, coletor de urina e anti-inflamatórios em unidades hospitalares do município.
“Fui lá (UPA) e constatei a falta de medicamentos e insumos. Por exemplo, não tinha equipo, que é utilizado para aplicação de soro e medicamentos nos pacientes. Não havia sedativo e foi preciso pedir emprestado lá na zoonose. Também não havia anticoagulante, que salva a vida de uma pessoa que chega com trombose”, relatou a vereadora, que preside a Comissão de Saúde da Casa de Leis.
Ela disse que também comprovou na vistoria as denúncias que chegaram até ela sobre a qualidade da alimentação servida aos pacientes internados nas unidades hospitalares do município.
“Pude constatar que os freezers estão vazios e a despensa também está vazia. Não havia frutas para servir aos pacientes, nem bolachas para o café da manhã das crianças no PA infantil. Foi orientado que torrassem pão e fizessem torradinhas com manteiga”, comentou.
Ressaltou que este “descaso” vivenciado na saúde não é culpa da secretária Ione Rodrigues, da sua equipe e dos trabalhadores das unidades de saúde. Atribuiu, exclusivamente, ao prefeito pois, segundo a vereadora, os fornecedores reclamam que estão há três meses sem receber.
“Não tenho procuração para defender a secretária Ione. Nós temos uma secretária de Saúde, uma equipe de coordenadores ou superintendentes que tentam fazer o melhor possível. Porém, quando tudo é encaminhado para o gabinete do prefeito, algo acontece. Está empenhado, mas se o senhor (Pátio) não pagar não resolve nada”, disparou a vereadora.
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Na sessão de ontem, ela apresentou um requerimento com pedido de informações ao Executivo sobre pagamentos de fornecedores de medicamentos, insumos e alimentos para atender as unidades hospitalares e o Samu.
Também afirmou que, caso o prefeito não resolva urgentemente esta questão, ela encaminhará estas denúncias para o Ministério Público Federal e Estadual, já que o município recebe da União e do Governo de Mato Grosso recursos para investimentos na saúde.
