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Justiça: Casal processa padre por não celebrar casamento

Por conta dos inconvenientes e o que consideram uma falta de respeito, o casal decidiu entrar na Justiça para cobrar uma reparação

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Milena Dahmer, na foto com o seu esposo Walisson Henrique: “se dependesse do padre, eu não tinha nem casado” (Foto – Arquivo pessoal)

Uma ocasião que tinha tudo para ser a data mais especial da vida do casal Milena Dahmer e Walisson Henrique de Souza Rodrigues acabou se transformando num verdadeiro transtorno.

Isso porque depois de todos os preparativos e de ter organizado uma bela festa para celebrar o seu casamento, o padre que conduziria a cerimônia simplesmente não apareceu no dia e hora marcada e agora o casal agora cobra uma reparação na Justiça.

De acordo com Milena Dahmer, o seu casamento foi marcado para o dia 30 de novembro de 2019, depois dela ter feito inclusive um curso de formação para noivos na própria comunidade onde iria se casar, mas as suas expectativas acabaram frustradas.

“Nós preparamos uma festa num espaço bem grande na época, e no horário que estava marcado para o casamento, eu fui para a igreja e quando cheguei lá vi o pessoal todo de fora da capela e ficamos esperando. Aí uma colega ligou para minha mãe e falou que o padre não iria me casar”, contou.

Ainda de acordo com a então noiva, ela e a família ainda tentaram providenciar outro padre da cidade para celebrar o matrimônio, mas sem sucesso.

“O único padre que nos atendeu estava em Cuiabá numa comemoração e me falaram depois que o padre tinha ido na capela, mas é mentira, porque no horário que ele diz ter ido lá, que foi uma hora depois do horário marcado para o casamento, eu ainda estava lá e não o vi. Nesse horário, estávamos todos lá na capela esperando”, completou Milena Dahmer.

Como justificativa, o padre teria dito aos noivos que eles teriam se equivocado quanto ao horário do casamento, mas essa versão é negada pelo casal.

“Eu tive uma entrevista com o padre poucos dias antes e ele chegou a me perguntar se realmente queria me casar e confirmamos a hora. Inclusive o padre me falou que não aceitava atrasos. Tenho conversas no Whatsapp para comprovar tudo isso. E mesmo que ele tivesse ido no horário que disse que foi na igreja, o casamento teria acontecido, pois nós estávamos lá nesse horário”, continuou.

Depois disso tudo, a mãe da noiva ainda conseguiu providenciar um pastor evangélico para celebrar o casamento, mas nada acabou acontecendo conforme o combinado e o trauma permanece até hoje.

 

 

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“Num primeiro momento, eu meio que recusei, porque o meu sonho era casar numa igreja católica, tudo certinho. O pessoal da capela ainda não permitiu que o pastor fizesse a cerimônia lá e tivemos que fazer lá no espaço da festa. Meu casamento foi acontecer já era mais de 9 horas da noite. E isso porque improvisamos, porque se dependesse do padre, eu não tinha nem casado”, disse a jovem, com a voz carregada de emoção.

Por conta dos inconvenientes e o que consideram uma falta de respeito, o casal decidiu entrar na Justiça para cobrar uma reparação. “Não é por dinheiro, mas foi algo que me deixou muito chateada, pois eu já estava passando por um momento delicado. Foi muito descaso comigo, é mais por isso. Até hoje eu sofro por causa disso. Ficou um trauma enorme. O dia para mim foi um pesadelo, pois eu sempre sonhei com esse momento. Tive um começo de depressão e tive que fazer várias sessões na psicóloga e sempre que lembro, eu choro. O que percebi é que eles não têm um pingo de amor. E o dia que era para ser o mais feliz da minha vida, foi transformado num dia triste”, desabafou.

Por conta do ocorrido, o casal decidiu acionar o padre e a igreja na Justiça por danos morais, devido ao constrangimento que passou, e esclarece que por conta de o processo correr em segredo de Justiça, foram orientados pelo seu advogado a não falar os nomes da igreja e do padre que teria faltado ao compromisso.

Já foram realizadas duas audiências entre as partes, a última delas nesta quarta-feira (10) e até agora não há nenhuma proposta de acordo.

 

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