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Rondonópolis
, 18 maio 2024
 
 

Criminalidade: Aumento nas ocorrências de roubos de carga preocupa transportadoras

Cidade que é conhecida como a Capital Nacional do Bitrem entrou novamente na mira dos criminosos

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Neste ano, a Polícia Civil já fez várias prisões e apreensões envolvendo roubo de cargas e caminhões, mas esses crimes não param de crescer na região (Foto – Divulgação)

Várias ocorrências nos últimos meses de roubos de cargas ligaram o alerta em Rondonópolis para esse tipo de crime. A cidade que é conhecida como a Capital Nacional do Bitrem entrou novamente na mira dos criminosos. Diante do quadro, a diretoria da Associação dos Transportadores de Cargas (ATC) já se reuniu com a direção-geral da Polícia Judiciária Civil para cobrar estratégias que possam reduzir as ocorrências.

“Sabemos que acabar com esse tipo de crime é muito difícil, mas, diante da situação insustentável que estamos passando, temos que pedir apoio da polícia para que adotem estratégias ou medidas que possam resultar, pelo menos, na redução desses crimes”, explicou o diretor da ATC, Miguel Mendes. Eles ainda aguardam um posicionamento da direção-geral da Polícia Civil sobre a questão.

 

 

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Neste ano, a Polícia Civil já fez várias prisões por esse tipo de ocorrência. No último dia 10 de maio, por exemplo, a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis (Derf), deflagou a Operação Carga Pesada, que levou a prisão um dos homens acusados de liderar uma associação criminosa envolvida com roubos, furtos e adulteração de cargas de grãos na região sul do estado.

No final do mês de março deste ano, a Derf de Rondonópolis desarticulou uma quadrilha que atuava no roubo de cargas na região. Nesta ocasião, nove pessoas foram presas. Durante as investigações, segundo a Derf, foi possível levantar a qualificação de todos os envolvidos, inclusive os líderes, assim como identificar a atuação de cada membro do grupo, desde o roubo da carga, transporte, descarregamento, entre outras fases, até a última etapa que era a adulteração.

A associação criminosa possuía um forte esquema montado, contando com contabilidade, transferências e recrutamento de motoristas e ajudantes. Na maior parte dos casos em que as quadrilhas foram identificadas pela polícia, galpões localizados nos distritos industriais de Rondonópolis eram utilizados pelos criminosos para descarregar e adulterar cargas roubadas.

Mesmo com a ação da polícia, prisão de quadrilhas e envolvidos, as ocorrências de roubo de carga continuam crescendo, de acordo com a ATC. “Os assaltantes usam modalidades diferentes. Além do roubo da carga, há roubos de peças e dos caminhões que são levados para desmanches. Também, em muitos casos, há a participação dos motoristas no roubo”, explica Mendes.

O diretor da ATC relata que há casos em que os assaltantes abrem o tombador das carretas com o veículo ainda em movimento para que a carga seja derramada na rodovia e, posteriormente, recolhida por outros integrantes do grupo criminoso. Em outras situações, a carga e o veículo são roubados. O caminhão é então levado para desmanches para que as peças sejam vendidas. Além desses, ocorrem com frequência roubos dos pneus e de peças eletrônicas como o módulo, equipamento eletrônico utilizado nos veículos para monitoramento e que custa em média R$ 35 mil. “Sabemos que visam cargas de alto valor. Há uma preferência por cargas de soja”, destaca Mendes.

 

(Foto – Divulgação)

Entre as cobranças, a ATC quer que a polícia investigue as quadrilhas para identificar os receptadores, pois nem sempre esses são identificados. “Não adianta prender os assaltantes e os receptadores ficarem impunes, porque passarão a comprar as cargas roubadas de outros assaltantes e os crimes continuam”, ressalta o diretor que complementa que também há cobranças para o aumento de punição para o crime de receptação. “Talvez sabendo que a punição será maior, se possa coibir a receptação”.

O roubo de carga tem gerado prejuízos às transportadoras. Segundo Mendes, com o aumento das ocorrências desses tipos de crime, as seguradoras automaticamente elevam as apólices dos seguros da carga e do veículo e as empresas são obrigadas a terem gastos maiores. Também se somam prejuízos por estar com o veículo que foi roubado sem rodar e o tempo de espera, de 30 a 90 dias, ou até mais para o recebimento do seguro.

Para o diretor da ATC, para tentar evitar os roubos, as transportadoras têm investido em monitoramento e rastreamento dos veículos, bem como no sistema de marcação a laser, que consiste em marcar peças e partes do veículo de carga para inibir o desmanche e comercialização das partes do veículo roubado.

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