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Rondonópolis
, 18 maio 2024
 
 

Enquete: “Lei Seca” será respeitada em Rondonópolis?

Muitos consideram que a proibição em nada contribuirá para a redução dos índices do novo coronavírus na cidade

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(Foto: Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

O assunto do momento é a instituição da “Lei Seca” em Rondonópolis por um período de 30 dias, conforme prevê novo decreto municipal para enfrentamento da Covid-19 no município.

Assim, ficou proibido o consumo, venda/comercialização de bebidas alcoólicas no município.

Em meio a medida, muitos já estão falando na compra da bebida no “mercado clandestino” ou em outras cidades. Além disso, muitos consideram que a proibição em nada contribuirá para a redução dos índices do novo coronavírus na cidade.

Em meio a esse debate, o A TRIBUNA ouviu alguns moradores locais e questionou:

As pessoas vão respeitar essa “Lei Seca”?
E mais: acredita que a medida vai ajudar a conter a pandemia em Rondonópolis?

Veja o que as pessoas responderam:

 


Ibrahim Zaher, empresário

“Não vejo essa medida como efetiva. O que vimos nesse dia que antecedeu o decreto foram pessoas fazendo compras de grandes estoques de bebidas.

Vejo que isso acaba contribuindo para as aglomerações nos mercados.

O que precisamos é de fiscalização nos bairros para evitarmos as festas e grandes aglomerações que tem acontecido. Como as que o próprio prefeito tem realizado com as entregas de títulos habitacionais que levam risco a população e desrespeitam o próprio decreto.

A restrição da venda de bebida acaba apenas trazendo sérios prejuízos aos pequenos comerciantes que já enfrentam um momento muito difícil.

As pessoas vão continuar comprando bebidas, seja através da venda ilegal (em decorrência do decreto) ou pela Internet.

Outro fato que nos chama a atenção é que, passado 90 dias dos primeiros casos de nossa cidade, a única medida que vimos é referente ao fechamento.

Não temos uma campanha de conscientização e testagem em massa para focarmos as ações sobre as pessoas que, de fato, trazem risco de contágio.

Enquanto o poder público não fizer isso, vamos apenas postergar o problema da saúde pública e trazer sérios problemas econômicos aumentando o desemprego em nosso município”.

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José César Ferrari, empresário

“Nasci em 1952, hoje estamos em 2020, e sinceramente não imaginava que iria ver e passar o que estamos vendo e passando… em pleno século XXI, num mundo moderno e globalizado.

Sim, a Covid–19 é um vírus que deve ser respeitado e que todo cuidado deve ser tomado para ser evitado ou tratado, dentro da maior seriedade possível, e isto é o que não está sendo feito pelas nossas autoridades (se é assim que deveriam ser tratados).

Estão tomando medidas politiqueiras e nós, o povo, pagadores de impostos e que sustentamos toda esta máquina administrativa é que somos os mais prejudicados.

Eles, juntamente com seus funcionários públicos, têm seus salários pagos com nossos impostos, diga-se de passagem, em dia e não tem com o que se preocupar, em pôr o sustento em suas casas. Portanto não concordo com as determinações deste Decreto.

E, como sugestão, em vez de gastar milhões em “sabe-se lá o quê” (sem licitação)… Por que não distribuir a toda a população um kit com remédios para prevenir e proteger, como exemplo, a ivermectina, remédio barato e que vários médicos estão indicando?

Portanto minha posição é: vamos trabalhar, usar máscaras, obedecer as indicações de se protegerem e fazer nossa higiene pessoal.

Brasileiros, vamos nos cuidar da Covid-19, mas vamos também cuidar e escolher melhor os nossos representantes políticos, este sim é o nosso mal maior.

Vamos equipar e dar condições de funcionalidade na nossa Santa Casa e Hospital Regional, eles sim são importantíssimos na nossa proteção de saúde”.

 


 

Ivonei Resmini, empresário

“Eu acredito que a Lei Seca em Rondonópolis consiga conter algumas pessoas na rua e evitar aglomerações em locais públicos, sim.

Mas as pessoas ainda continuam se aglomerando em casa, famílias em rancho, em beira de rio.

Com a Lei Seca, nesses 30 dias, eu vejo que tem uma grande possibilidade de diminuir e ajudar a evitar aglomerações e o número de pessoas em si e em todo o comércio.

No entanto, no meu ponto de vista, o comércio deveria permanecer aberto por mais horas. Eu vejo que, por mais tempo aberto, teria menos pessoas aglomeradas no comércio, nos mercados, padarias, restaurantes e tudo mais”.

 


 

Neusa Novais da Rocha, empresária do ramo imobiliário e agente da Pastoral da Sobriedade da Diocese

“A lei seca foi uma das orientações do comitê de crise contra a Covid-19, neste sentido, muito coerente.

Atuo nesta área ajudando famílias desde 1999, quando então fui indicada pela Pastoral Social a implantar a Pastoral da Sobriedade na Diocese de Rondonópolis. Acredito que as consequências de aglomeração serão fiscalizadas.

Quanto ao respeito, vai depender de um trabalho de conscientização principalmente pelos meios de comunicações informando a importância do cuidado com a própria vida e com a do próximo.

A lei seca é uma das alternativas encontradas pelo comitê. Se respeitada, com certeza pode contribuir.

Nada isolado irá conter uma pandemia dessa natureza, mas até que uma vacina esteja ao dispôr da população, as orientações dos que entendem devem prevalecer.

A lei seca contribui e muito com uma vida saudável e, durante 30 dias, se todos levarem a sério, os riscos diminuem”.

 


 

Hércules Abreu, conhecido como “Cuia”, músico e vocalista do Grupo “Temperos do Samba”

“Sobre o novo decreto. Eu não acho que a lei seca resolve o problema que estamos vivendo.

Infelizmente, o que falta é a conscientização do povo. Existem outras medidas que podem ser tomadas.

Infelizmente o povo continuará bebendo em suas residências e a aglomeração de pessoas acaba sendo maior.

Lei seca por 30 dias é um tiro no pé!”.

 


 

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1 COMENTÁRIO

  1. Tanto em Rondonópolis como em todo o país, uma grande quantidade de pessoas não teve educação dos pais e não quer seguir regras, que são elaboradas para todos, mas a Covid-19 está aí, muito forte e matando, infelizmente. Conscientização nada, mas cerveja e cachaça não pode faltar, festinhas, aglomerações e muitos são infectados e a doença vai se alastrando. Leis duras devem ser tomadas para essas pessoas que não observam o determinado por lei (afastamento, nada de aglomerações, uso de máscaras, lei seca e quem não trabalhar fique em casa). Para quem trabalha os empresários tem todos os devidos cuidados de proteção e segurança. Quem apresentar sintomas do vírus, corra até uma unidade de saúde, os médicos sabem o que fazer.

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