22 C
Rondonópolis
 
 

Pastoral da Sobriedade completa 20 anos

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img

Por Gibran Lachowski e
Ana Paula Carnahiba

Encontro de formação da Pastoral da Sobriedade – foto: Leandro Faneli
Encontro da Pastoral da Sobriedade em Cuiabá – foto: Arquivo Pastoral

Lá se vão 20 anos de apoio aos dependentes químicos e seus familiares, assim como na luta contra os males causados pelas drogas lícitas e ilícitas. Nessa caminhada já houve mais de 1,3 mil grupos de autoajuda com oito milhões de participantes, em torno de 40 mil pessoas capacitadas durante 1,2 mil cursos, além de dezenas de encontros, congressos e assembleias, incluindo várias ações em Rondonópolis.

O currículo se refere à Pastoral da Sobriedade da igreja católica, organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), criada em 1998 e presente em 26 estados. O acúmulo de ações não é à toa, pois o sofrimento com as drogas atinge mais de 100 milhões de pessoas no Brasil, conforme a própria entidade (do excesso de cerveja e cigarro à maconha, cocaína, crack, ecstasy etc). E a pastoral também lida com outros tipos de dependência, como a de comida, compras, jogos, sexo, trabalho e internet.

A atuação une espiritualidade com atendimento terapêutico e social e prioriza a prevenção. Os grupos de autoajuda reúnem dependentes químicos e familiares. O objetivo é que pela troca de experiências um possa ajudar o outro. Os agentes fazem a mediação e contam com o auxílio de psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais voluntários. Assim, os grupos mostram que a dependência é uma doença, que tem tratamento e formas de recuperação.

Assessor da equipe nacional da Pastoral da Sobriedade, Luiz Carlos Rossini mora em Campinas e destacou a dimensão política no combate às drogas. “Dependemos de políticas públicas para acolher, tratar e desenvolver a prevenção. Precisamos de alternativas de cultura, esporte, lazer, envolvendo os jovens, para que não busquem coisas prazerosas em outros lugares”.

PREVENÇÃO E PARCERIAS

Entre outras atividades, na diocese de Rondonópolis-Guiratinga, a Pastoral da Sobriedade também encaminha e apoia jovens e adultos para comunidades terapêuticas, visita famílias de dependentes químicos e realiza formação permanente para agentes. Também desenvolve o projeto de prevenção “Conectados na Vida” (que atende crianças do ensino fundamental) e insere a reflexão sobre os malefícios das drogas na catequese para adolescentes e jovens.
Como a questão das drogas é complexa e deve ser encarada por toda a sociedade, esse trabalho envolve várias parcerias. Entre as entidades que participam desse esforço estão: Procuradoria do Trabalho, Polícia Militar (Programa Educacional de Resistência às Drogas e Violência – Proerd), secretarias municipais de Saúde, Centro Integrado de Assistência Psicossocial (CAPS), Pastoral da Mulher Marginalizada, Pastoral Familiar e catequese.

Formação para novos agentes em Barra do Garças – foto: Arquivo Pastoral
Projeto Conectados na Vida

“Fazemos esse trabalho com muito amor e responsabilidade. Por isso enfrentamos o problema com espiritualidade, metodologia e esforço integrado. Então, agradecemos as parcerias feitas com o poder público, iniciativa privada e outras pastorais da igreja”. As palavras são de Doroty Carnahiba, coordenadora regional da Pastoral da Sobriedade.

Em Mato Grosso, a Pastoral da Sobriedade funciona na arquidiocese de Cuiabá e nas dioceses de Rondonópolis-Guiratinga, Primavera do Leste-Paranatinga, Cáceres, Barra do Garças, Diamantino e Sinop. Apenas na diocese de Juína não está instalada, no entanto existe um diálogo para que os primeiros trabalhos iniciem em breve. O bispo referencial da Pastoral da Sobriedade em Mato Grosso é dom Jacy Diniz Rocha, da diocese de Cáceres.

TRABALHO VOLUNTÁRIO

Bispo da diocese de Rondonópolis-Guiratinga, dom Juventino Kestering praticamente viu nascer a Pastoral da Sobriedade. “No começo houve certa resistência e preconceito, porque parte da igreja achava que as drogas eram um assunto dos outros e não nosso. Com o tempo ficou nítido que o tema era de todos nós”.

E continuou: “Aos poucos, a Pastoral mostrou sua contribuição para a saúde pública e pessoas afetadas pela doença da dependência. Com isso, se tornou marca fundamental na diocese nas dimensões do amor e caridade. A Pastoral da Sobriedade sempre teve e terá o meu apoio”, completou dom Juventino.

Há 20 anos na formação de agentes da Pastoral da Sobriedade, padre João Ceconello vive no Paraná e ressaltou a atuação voluntária de milhares de pessoas nas dioceses e regionais espalhadas pelo país. “O trabalho só é possível graças a esses agentes, que propagam o Cristo vivo com suas vidas e testemunhos, principalmente aos preferidos do Pai, que são os mais necessitados”.

- PUBLICIDADE -spot_img

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Plano diretor: Justiça determina atualização em cidade de MT; em Roo projetos empacam na Câmara

Com a atualização do plano diretor atrasada há oito anos, a Justiça determinou que o município de Pontes e...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img