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Rondonópolis
, 15 maio 2024
 
 

Médicos da Maternidade vão decidir sobre suspensão de atividades

Setor aponta “total falta de condições financeiras e da regularidade nos pagamentos para manter os atendimentos”

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Profissionais realizam hoje (1º) reunião para debater e formalizar suspensão de atendimentos na única maternidade SUS da região – Foto: Santa Casa

O Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Santa Casa de Rondonópolis realiza hoje (1º) uma reunião que pode culminar na suspensão dos serviços médicos do setor, devido à “total falta de condições financeiras e da regularidade nos pagamentos para manter os atendimentos”. Os profissionais alegam que estão com os honorários atrasados desde o mês de março.

A maternidade é a única em toda a região a atender pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que torna a situação ainda mais dramática. A Santa Casa é referência em maternidade e o único hospital da região que oferece atendimento obstétrico de alta complexidade, ou seja, atendimento à gravidez de risco e casos de urgência e emergência. Atualmente, a maternidade ocupa um andar inteiro do hospital, com centro obstétrico, salas cirúrgicas, enfermarias, salas de apoio às equipes, áreas para internações, tratamento clínico, entre outros. Somente partos, são realizados em média 350 por mês.

Um ofício datado de anteontem (30) e assinado pelo coordenador do departamento, Jaeder Carlos Pereira Júnior, comunica o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM), Secretaria Municipal de Saúde, Ministério Público (MPE), Prefeitura de Rondonópolis, Câmara Municipal de Vereadores, Escritório Regional de Saúde, Conselho Municipal de Saúde, Administração da Santa Casa Rondonópolis, Observatório Social e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre a reunião que acontece às 14 horas de hoje, na Sala de Treinamentos do Hospital Filantrópico, para discutir e formalizar a suspensão dos serviços médicos.

“Reforçamos que em reunião com a administração do hospital no mês de maio de 2018, ficou acordado que diante das dificuldades financeiras enfrentadas pela instituição, teríamos que reduzir de 8 a 10% os valores de nossos honorários, sendo isso aceito pela equipe, o que demonstrava nossa real intenção de continuar mantendo o funcionamento da maternidade. Mas, em virtude das promessas não cumpridas e dos pagamentos não acertados, contamos com a presença de todos nesta reunião para discutirmos o encerramento de nossas atividades”, diz trecho do ofício. Segundo consta no documento, o último recebimento de salário aconteceu em março deste ano, sendo que apenas 60% do valor foi quitado.

Segundo apurado, o departamento é prejudicado pelos repasses atrasados por parte da Secretaria de Estado de Saúde (SES), com relação aos serviços de média e alta complexidade. Os valores referentes aos meses de março, abril e maio ainda não foram repassados, somando em torno de R$ 3,9 milhões.

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