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Rondonópolis
 
 

Aprovado projeto que torna cavalgadas patrimônio do Município

Aprovado por unanimidade, o projeto segue agora para sanção do prefeito José Carlos do Pátio

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Projeto foi aprovado por vereadores por unanimidade na última quarta-feira (27) – Foto: Divulgação

Foi aprovado na sessão especial da Câmara Municipal de Vereadores, na última quarta-feira (27), o Projeto de Lei que torna as cavalgadas Patrimônio Histórico e Cultural de Rondonópolis. O projeto foi apresentado na Câmara pelo vereador Bilu, que também participa da Comissão Organizadora da Cavalgada de Abertura da Exposul. Aprovado por unanimidade, o projeto segue agora para sanção do prefeito José Carlos do Pátio (SD).

A notícia foi comemorada por todos os amantes da cultura do campo, já que após a sanção, os desfiles de cavaleiros e muleiros (cavalgada de mulas) que acontecem ao longo do ano na cidade, comunidades e distritos próximos, serão protegidos por lei. Além disso, o poder público passa a ter também sua participação para evitar que as cavalgadas deixem de existir ao longo dos anos.

Na cidade e proximidades, são realizadas ao longo dos anos pelo menos sete cavalgadas. Além da “Amigos da Carimã”; “dos Amigos”; “do Pantanal”; “da Aparecidinha”; “do Marajá”; “Rumo às Origens”; “de São Lourenço de Fátima” e a “Marcha dos Muladeiros”, há também a Cavalgada de Abertura da Exposul, a mais numerosa e popular, que passará a constar no calendário oficial de eventos de Rondonópolis.

As cavalgadas são organizadas por comitivas antigas, formadas por produtores rurais e amantes da montaria na região, que ao longo das gerações passam essa tradição aos filhos. É o caso de Matheus Kliemaschewsk de Araújo, idealizador do Projeto de Lei. O advogado foi criado participando da Cavalgada da Exposul, quando ainda dividia o mesmo cavalo que o pai na “cabeça do arreio”. Hoje, é um defensor da atividade. “As vaquejadas, as tropeadas e especialmente as cavalgadas fazem parte da cultura do nosso Município desde a sua fundação”, lembra Matheus.

O produtor rural Julioberto Siqueira Bezerra também comemorou a aprovação do projeto. Ele tem uma comitiva pequena, com o nome de “Santa Izabel”, formada há 20 anos, quando a filha de 25 anos, que monta ao seu lado, era só uma menina. “Ela tinha só cinco anos e já me acompanhava”, conta cheio de saudosismo. “A aprovação desse projeto é muito bom. Nós temos que revigorar essa tradição, não podemos deixar essa parte da história morrer”, disse.

Outro pioneiro no assunto, o produtor Celso Leopoldo Nunes, herdou uma comitiva do pai, a Comitiva União. Foram mais de 25 anos organizando cavalgadas na região, mas hoje só participa da Cavalgada da Exposul. Para ele, o projeto pode ser uma injeção de ânimo para que tradição volte a ser forte. “Tudo era mais fácil antes. Com o aumento das regras ambientais e custos de exames e taxas, as comitivas foram perdendo força, desanimando. Quem sabe daqui pra frente não dão uma alavancada”, disse.

O presidente do Sindicato Rural de Rondonópolis, Aylon Arruda, disse que a notícia pode ser um marco muito importante para a cidade e a tradição. “A cavalgada da Exposul é a marca registrada dessas tradições, pois é conhecida não só em Mato Grosso, como em outros estados pelo seu tamanho, representatividade e organização. Com essa notícia, temos a chance de recuperar esse brilho. É uma grande conquista para todos nós que defendemos o meio rural e suas lutas”, acrescentou.

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