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Rondonópolis
, 14 maio 2024
 
 

Valéria afirma que terá espaço na gestão

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“Tem muitos setores que Rondonópolis precisa melhorar. Uma meta é que acho que nossa cidade precisa ter um ‘rosto’ melhor”

Professora, jornalista, radialista e formada em Direito, Valéria Bevilácqua de Carvalho Silva exerce o cargo de vice-prefeita de Rondonópolis e, na eleição atual, disputa a Prefeitura também no cargo de vice-prefeita, na chapa liderada pelo atual prefeito Ananias Filho. Nascida em Uberaba (MG), em 21 de novembro de 1960, chegou em Rondonópolis em 1987.
Filha do casal Luiz Gonzaga de Carvalho e Jaci Bevilácqua de Carvalho, Valéria é casada com o médico e vereador Manoel da Silva Neto, com quem tem três filhos: Pedro Luiz de Carvalho Silva, de 23 anos, médico em São Paulo, e os gêmeos Fernando e Marcelo Carvalho Silva, que fazem o 5º ano de Medicina no Rio de Janeiro.
O primeiro emprego foi em um cargo público, no “Plano de Integração do Menor Carente”, da Prefeitura de Ituverava (SP). Fez o Magistério na Faculdade Santa Ursulina; o curso de Rádio e Jornalismo, na Unaerp, de Ribeirão Preto (SP); e o curso de Direito, no Cesur, em Rondonópolis. No jornalismo, foi a primeira apresentadora mulher de um telejornal em Rondonópolis, pela TV Rondon.
Moradora do bairro Jardim Santa Marta há 17 anos, Valéria diz que, no tempo vago, gosta de ler, de artes, de teatro e também de passear no Rio de Janeiro, onde dois dos filhos fazem faculdade. “Quando tenho tempo, vou ao Rio de Janeiro e fico com meus filhos. Gosto muito de ir ao teatro, ir a um local de dança – acho bonito”, relata.
Cristã evangélica há 13 anos, a candidata a vice-prefeita diz não ter um time de futebol preferido. “Sou brasileira, gosto de assistir a futebol quando o Brasil joga. Acho legal futebol, mas não entendo nada… Gosto também do União porque todo mundo gosta do União, assim como do Tigrão… Gosto de todos”, analisa. Uma pessoa que muito ela admira é o pai, que foi promotor público, fez pós-graduação, mestrado e doutorado. “É um homem extremamente culto”, resume.

È interessante nessa pergunta, porque não houve nem garantia, nem imposição, nada... Houve um convite para que eu pudesse ocupassem esse cargo

Valéria diz que tem como sonho ver uma sociedade mais justa, mais igualitária, com um amanhã melhor para todos. “Sou uma mulher tão feliz que todos os sonhos que tinha na minha vida foram realizados, até na política. Hoje eu paro e penso: – Nossa, eu sou vice-prefeita de Rondonópolis!”, argumenta. Quanto ao significado de Rondonópolis, atesta que representa sua vida. “Eu também cheguei aqui com as malas nas mãos. Isso é bonito, porque Rondonópolis dá oportunidade para a pessoa que chega apenas com as malas nas mãos… É uma cidade que acolhe a todos com o mesmo amor e carinho”, define.
Na época de campanha, os candidatos a vice-prefeito aparecem e têm voz. Quando são eleitos, ficam de lado… O que deve ser feito para mudar essa situação?

O que eu acho que muda essa situação é a vontade da pessoa que foi eleita vice-prefeita de realmente trabalhar. Ela não depende do prefeito, porque está junto. O vice pode auxiliar, sim. Eu acho que com essa vontade de trabalhar, logicamente, se consegue o espaço.

Na gestão Ananias, caso ele seja eleito, o vice vai ter espaço?

Eu creio que sim. A gente já tem mostrado essa boa vontade, porque participo todas as segundas-feiras das reuniões de secretariado. Sei quais são os problemas que estão em pauta e sei quais são as opções que estão sendo buscadas. Tenho certeza que nessa hora assim continuará.

Dos três candidatos a vice-prefeito, você é a única mulher. Que diferença isso pode fazer na melhora da administração pública, caso seja eleita?

Eu acho que posso fazer muita diferença. Nós abemos que a política hoje ainda é machista, mas nós mulheres estamos sempre galgando espaço em todas as áreas da sociedade, ainda mais na política. Acho que esse espaço tem que ser preenchido por mulheres também, pois nós temos a contribuir no processo. É de suma importância nossa visão para o social, enquanto mulher que precisa de creche, de educação, de saúde. Isso é muito importante numa administração.

As pessoas têm ainda uma imagem da senhora com falta de experiência na gestão pública. Isso pode atrapalhar ou vai ser um benefício?

Eu acho que é um benefício porque como não tive oportunidade de estar atuando na gestão pública –  estou apenas há três meses como vice-prefeita – tenho muito a aprender. Sou uma mulher que gosto de aprender, gosto de ter conhecimento, de inovar… Aliás, tudo o que propus a fazer na vida fiz bem feito. Não vai ser agora que vou fazer mal feito. Tenho certeza que vou estar junto, que vou estar pautando minha vida nesta administração. Isso tenho certeza que isso vai me gabaritar para tal.

O fato da senhora ser casada com um vereador – o Dr. Manoel – influencia alguma coisa em seu trabalho como vice-prefeita, caso eleita?

Não! Eu sei separar muito bem o meu marido do Dr. Manoel vereador. Nós temos essa diferença. Eu tenho atuado agora na campanha, feito várias visitas com vários vereadores e sei separar muito bem o Dr. Manoel vereador e a vice-prefeita Valéria. São cargos distintos. Ele na Câmara Municipal e eu na Vice-Prefeitura. Nós somos casados, mas meu trabalho é meu trabalho e o trabalho dele é o trabalho dele!

Não influencia em nada?

De jeito nenhum! Pelo contrário, acho que vamos somar.

Como a senhora vê a importância de um candidato a vice-prefeito numa gestão municipal, independente de ser homem ou mulher?

A importância eu torno a frisar: vai depender do candidato. Se ele for uma pessoa que queira fazer um bom trabalho é de fundamental importância. Se for uma pessoa que queira ficar dentro do gabinete, com os braços cruzados, não vai ter importância. A importância vai depender de quem exerce a função. É de suma importância um vice-prefeito atuante, que queira ficar na comunidade, que colhe dados da Prefeitura de como ela está andando… O prefeito não consegue fazer atendimento de todas as pessoas. Meu gabinete, por exemplo, vive cheio; e atendo mesmo. Atendo com o maior carinho e colaboro muito com nosso prefeito e depois passo para ele. O prefeito tem sido sensível a essa visão nossa.

Existe algum projeto em especial que a senhora gostaria de implantar em Rondonópolis, mesmo como vice-prefeita, caso seja eleita?

Eu tenho um projeto que eu quero implementar e vou estar junto com o prefeito mais de perto fazendo uma intermediação. Um é referente ao Departamento do Emprego e Renda, porque eu acho que a nossa cidade precisa começar a pensar em cursos profissionalizantes. Nós precisamos preparar o nosso povo para estar atuando junto as empresas que estão aí. A gente vê que nosso povo ainda é despreparado. As empresas acabam trazendo mão-de-obra de fora e ocupando nossos espaços. Gostaria, quero e vou… pois tenho certeza que o prefeito já está dando uma abertura. Já estive no Rio de Janeiro para uma formação do Núcleo de Ciência e Tecnologia e gostaria de continuar esse trabalho. A nossa cidade precisa estar informatizada.

A senhora falou em projetos específicos para área de emprego e renda e na área de ciência e tecnologia. Um pouco mais macro, mais amplo, que setores ou que setor que Rondonópolis precisa melhorar?

Tem muitos setores que Rondonópolis precisa melhorar. Uma meta é que acho que nossa cidade precisa ter um “rosto” melhor. Acho que a cidade é pouca arborizada e não está tão urbanizada. Por exemplo, a gente chega na entrada da cidade e entristece a gente, porque não é tão bonita. Faltam flores, plantas, arborização. Isso me toca. Nós sabemos que a Ferronorte está para chegar e sabemos que várias empresas estão se instalando em Rondonópolis. Quantas pessoas não vêm de fora? Nós queremos uma cidade ideal, na verdade. Nem sempre a gente consegue, mas a vontade da gente é que Rondonópolis esteja linda, sem problema, toda asfaltada, com muito emprego, com habitação para todos.
Fala-se na criação de uma secretaria específica para as mulheres. A senhora acredita que essa secretaria teria alguma eficácia e de que forma poderia funcionar?

Eu penso muito nisso ainda. Acho que nós mulheres merecemos secretarias, merecemos atenção especial, mas acho que os homens também merecem. Nós temos que olhar no macro. Penso também que a grande revolução pode ser feita pelas mulheres. Quando nós não damos o direito para as mulheres conhecerem seu corpo é complicado. Sabemos que hoje a mulher ainda está em um patamar marginalizado. Muito ainda temos a fazer para as mulheres. O nosso prefeito acaba de assinar na Secretaria de Saúde para terminar a fila da mamografia – o que estamos juntas e que eu fico grata. É uma alegria para nós mulheres, para a saúde nossa. Ele assinou também para que todas as mulheres tenham direito a ultrassonagrafia, terminando com a fila. Isso é um avanço? É! Tudo na vida é devagar e a gente entende isso como mulher.

Quando a senhora aceitou o cargo para estar como vice-prefeita houve alguma condição, imposição ou garantia de atuação. O que houve?

“Eu tenho atuado agora na campanha, feito visitas com vários vereadores e sei separar muito bem o Dr. Manoel vereador e a vice-prefeita Valéria”

Interessante essa pergunta, porque não houve nem garantia, nem imposição, nada… Houve um convite para que eu pudesse ocupar esse cargo. Como todo bom marido, ele não queria que eu aceitasse [risos]. Ele achava melhor largar mão disso no momento. Mas acabei dizendo ao meu marido que era minha vontade. Depois como um bom marido, ele analisou e achou tudo bem e que fosse feita minha vontade. Não houve restrição. Eu fui convidada para o cargo. Tomei posse, fui eleita por nove votos pela Câmara e iniciei o meu trabalho. O meu primeiro ato foi tirar o insulfilm da porta do gabinete do vice-prefeito, pois as pessoas não tinham oportunidade de entrar. Abrimos o gabinete; pedi garrafas de café e água; e começamos a trabalhar.

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