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, 20 maio 2024
 
 

João Arcanjo está de volta ao sistema prisional de MT

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Conforme o governo, Arcanjo está “sob custódia em uma cela do raio 5 da Penitenciária Central do Estado”

Penitenciária Central do Estado recebe João Arcanjo Ribeiro
Penitenciária Central do Estado recebe João Arcanjo Ribeiro

O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro desembarcou no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, na noite de anteontem (14), por volta das 22h, e foi encaminhado para a Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso, na manhã de ontem (15), e posteriormente pelo Governo do Estado, por meio de nota oficial.
Conforme o governo, Arcanjo está “sob custódia em uma cela do raio 5 da Penitenciária Central do Estado”. A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) informou que a unidade prisional reforçou protocolos de segurança para garantir a integridade do preso, em conformidade com o perfil dos apenados que estão custodiados no raio 5 (detentos considerados perigosos). A secretaria esclareceu também que todo o raio 5 passou por reforma anteriormente e, não apenas a cela onde está custodiado João Arcanjo.
Arcanjo retornou ao Estado em um voo comercial, escoltado por policiais do SOE (Serviço de Operações Especiais) da Polícia Judiciária Civil. Nem mesmo os servidores da Penitenciária Central tinham informação de que ele estava a caminho de Cuiabá. O ex-bicheiro estava na Penitenciária de Segurança Máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e teve o retorno determinado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Logo após a decisão do TJMT, a Secretaria de Estado e Segurança Pública (Sesp) enviou um ofício citando os riscos que a volta de Arcanjo representava ao sistema prisional de Mato Grosso. Conforme a assessoria de imprensa da Sesp, o ofício citava os motivos pelos quais ele não deveria retornar. Porém, o desembargador e relator do processo, Paulo da Cunha, manteve a decisão pelo retorno do ex-bicheiro.
HISTÓRICO
João Arcanjo Ribeiro foi considerado o chefe do crime organizado nas décadas de 80 e 90 em Mato Grosso. Ele é acusado de montar um “império” do crime através de jogos de azar, como o jogo do bicho. No dia 4 de dezembro de 2002, a Polícia Federal deflagrou a Operação “Arca de Noé”, para desarticular a organização criminosa supostamente comandada pelo então comendador.
Ele foi preso em 2003 em Montevidéu, no Uruguai, e extraditado para o Brasil em 2006. Arcanjo foi condenado a 19 anos de prisão em regime fechado, acusado de ser o mandante da morte do empresário Domingos Sávio Brandão de Lima Júnior, dono do Jornal Folha do Estado, crime ocorrido em 2002.
O ex-bicheiro também foi condenado, em 2015, a 44 anos de prisão acusado de ter mandado executar os empresários Rivelino Brunini, Fauze Rachid Jaudy e pela tentativa de homicídio contra Gisleno Fernandes. Os crimes também ocorreram em 2002.
Arcanjo foi transferido para o sistema prisional federal em agosto de 2007, inicialmente na penitenciária Federal de Campo Grande (MS). No mesmo dia, uma operação denominada “Arrego” foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que comprovou que mesmo de dentro da PCE, ele continuava comandando o jogo do bicho. Em abril de 2013, seguiu para a Penitenciária Federal de Mossoró (RO).

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