26.8 C
Rondonópolis
, 15 maio 2024
 
 

Polícia apresenta acusados e esclarece crime

- PUBLICIDADE -spot_img

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img

–> LIBERADO –> A Polícia Civil prendeu no sábado (27) e apresentou à imprensa ontem (29), por volta das 15 horas, no auditório do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), Matheus Michel dos Santos Silva, 18 anos e o menor I.F., 17 anos, acusados de envolvimento na execução do servidor público de carreira do município e então candidato a vereador pelo PMDB, João César Domingos da Silva, 35 anos, encontrado morto com dois tiros na cabeça, na manhã do dia 20 de setembro, no Anel Viário. A motivação do crime foi caracterizada como latrocínio (matar para roubar). Durante as investigações, a arma do crime também foi apreendida.
De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Claudinei Lopes, o crime foi pensado pelos suspeitos Matheus Michel e pelo menor que teriam comprado, em sociedade, um revólver pelo valor de R$ 1 mil. Cada um teria pago R$ 500. A compra do revólver já seria no intuito de praticar o assalto contra o servidor público.  “O suspeito Matheus era íntimo da vítima e até frequentava festas em sua residência. João César se envolveu uma pessoa errada, pois achava que era de confiança. Ele tinha um envolvimento com o Matheus Michel que, por sua vez, percebeu que o servidor público movimentava valores em dinheiro”, disse o delegado.
Conforme Claudinei Lopes, Matheus relatou que João César dava dinheiro para ele quando saiam juntos. Quantias entre cem e até duzentos reais, como ainda pagava cerveja em festas. “O João César o convidava para festas em sua casa e, após  terminar, o Matheus era a pessoa que limpava a casa. Era uma pessoa de dentro da casa e que conhecia a vítima há uns dez ou 11 meses”, revelou o delegado.
De acordo com Claudinei Lopes, alguns dias antes do crime, Matheus Michel acabou tendo a informação de que João César receberia, na data do crime, um valor alto em dinheiro. Porém, na verdade, foram dois mil reais, onde ele pagou contas e sobraram apenas R$ 200,00 levados no dia do roubo.
“Matheus e o menor tinham contato quase todos os dias e moravam próximos. O menor tinha intenção de comprar uma moto e o Matheus pretendia ir embora da cidade, porque estava sofrendo ameaças em razão de uma briga na Vila Operária”, contou Claudinei Lopes.
O delegado explicou que, no dia 19 de setembro, João César e Matheus teriam trocado mensagens, marcando um encontro para as  23 horas da noite do crime, após um evento político, quando teria deixado em casa duas assessoras após a reunião. As 23h17, João César teria ligado para o Matheus informando que já havia deixado as assessoras em casa. Após isso, Matheus teria ligado para o menor e combinado tudo. Por volta das 23h30, foi registrada a última ligação da vítima no celular de Matheus. Depois disso, João César teria ido buscar o Matheus e o menor em uma esquina, próximo ao Jardim Dom Bosco, bairro onde residem os acusados. O menor teria ido no banco de traz do veículo da vítima, com a arma na cintura.
“Em depoimento, os acusados disseram que João César ainda teria estranhado a carona que o Matheus tinha dado ao menor, mas o Matheus o convenceu a levar o menor até a Avenida Bandeirantes. Nas proximidades da Igreja São José Operário, Matheus pediu para parar o carro, momento em que teria dado sinal ao menor para que sacasse a arma. De imediato, o menor sacou a arma, os dois anunciaram o assalto e pediram R$ 20 mil. Dada voz de assalto, a vítima já teria implorado pela vida e dizendo que não teria os R$ 20 mil, mas que aguardassem até o outro dia que daria o dinheiro para eles”, repassou o delegado Claudinei Lopes.
Segundo o depoimento do menor, Matheus havia fumado maconha e, diante da negativa de João César, teria dado um tapa no rosto da vítima e pegado a direção do automóvel. Foram sentido ao anel viário, quando na frente de uma porteira todos desceram do carro.
“O menor com a arma em punho recuou da intenção de matar. Quando percebeu que ele [menor] não iria atirar, o Matheus teria pego a arma. Logo, já deu o primeiro disparo contra João César que caiu debruçado. Ele ainda teria dado mais dois tiros, mas a arma falhou. Após isso, entraram no carro, porém o menor teria imaginado que a vítima não teria morrido e que contaria o fato à polícia. Nesse momento, pegou a arma, desceu do carro e deu um segundo tiro na cabeça do servidor público”, relatou Claudinei Lopes durante a coletiva de imprensa.

 

Menor pede perdão à mãe do servidor assassinado

O menor I.F., 17 anos, acusado de participação na morte do servidor público João César, chegou a pedir perdão à mãe da vítima, Nice Domingos, que acompanhou coletiva de imprensa durante a apresentação dos acusados. Segundo alguns investigadores da Polícia Civil, desde quando foi preso, o menor havia se manifestado pelo desejo de pedir  perdão à mãe de João César.
Conforme a polícia, já o acusado Matheus Michel nega que tenha atirado no servidor público. “Em depoimento, o menor foi quem relatou à polícia toda a trama criminosa. Inclusive a informação de que quem atirou  pela primeira vez no servidor foi o suspeito Matheus Michel. As informações dele são condizentes ao que a polícia apurou até agora, inclusive detalhes apurados pela perícia técnica”, disse o delegado Claudinei Lopes.
De acordo com o delegado,  o suspeito Matheus Michel foi encaminhado para a Cadeia Pública, no anexo à Penitenciária da Mata Grande. O menor foi levado para o prédio do Sistema Socioeducativo, na Vila Aurora.

Mãe diz que Polícia Civil cumpriu seu papel

Nice Domingos, mãe de João César: “meu filho não voltará a viver, mas o meu coração está mais acalentado”

A mãe do servidor público João César, Nice Domingos, disse à reportagem do A TRIBUNA que a Polícia Civil cumpriu o seu papel, esclarecendo os fatos que resultaram na morte trágica do seu filho e colocando os suspeitos atrás da grades. “Desde o começo das investigações, a Polícia Civil me prometeu e disse que era questão de honra para a instituição a elucidação do crime. Com o caso desvendado, meu filho não voltará a viver, mas o meu coração está mais acalentado, sabendo que os suspeitos estão presos e que a justiça vai ser feita”, disse Nice Domingos.

 

- PUBLICIDADE -spot_img
- PUBLICIDADE -spot_img

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Governo do RS chama bombeiros da reserva e policiais aposentados

O governo do Rio Grande do Sul publicou nesta quarta-feira (15), no Diário Oficial do estado, uma autorização para que...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img