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Estado já sabe o que deve fazer, diz Ananias

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O presidente da Câmara Municipal de Rondonópolis, Ananias Filho (PR), teceu ontem severas críticas ao Governo do Estado, afirmando que o executivo estadual não tem dado respaldo aos pedidos da população para resolver os problemas no setor da segurança pública da região. A fala do parlamentar foi durante a audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso, no plenário da Câmara, e que foi convocada justamente para debater o assunto [veja notícia nesta página]. O secretário estadual de Segurança Pública, Diógenes Curado, não compareceu.
“O Governo do Estado já conhece as necessidades da segurança pública de Rondonópolis. Há quase três anos, o secretário Diógenes Curado saiu de Rondonópolis com a ‘Carta de Rondonópolis’ debaixo do braço e até hoje não fomos totalmente atendidos. Depois disso, ainda tivemos outra audiência pública para discutir segurança pública e pouca coisa avançou”, acrescentou.
O republicano reiterou que a sociedade de Rondonópolis já apontou a solução para os problemas na área da segurança pública. “O que nos falta agora é o estado atender as reivindicações, uma vez que as necessidades já foram colocadas em audiências e fóruns anteriores. Nós queremos mais delegados, mais estrutura para a Politec, mais viaturas, construção de uma Cadeia Feminina, agilidade na construção do Centro Socioeducativo, entre outros”, enumerou o presidente da Câmara. “Fui da base aliada para eleger o governador Silval Barbosa porém, não estamos tendo respaldo e por isso estou aqui falando a verdade e até temo por isso”, finalizou.
O secretário estadual de Segurança Pública, Diógenes Curado, estaria no evento. No entanto, ele não veio e foi representado pelo secretário adjunto Alexandre Bustamante dos Santos.
CARTA DE RONDONÓPOLIS
A “Carta de Rondonópolis”, a que se referiu Ananias Filho,  foi elaborada há quase três anos durante o 1º Fórum de Imprensa Sobre Segurança Pública de Rondonópolis, ocorrido na sede do Rotary Leste, na Vila Aurora. Consiste em um documento com mais de 20 reivindicações da sociedade organizada cobrando investimentos e melhorias na segurança pública da cidade. Até agora, pouca coisa foi feita e muitas promessas ainda estão por serem cumpridas por parte do Governo do Estado.
Na época, o A TRIBUNA, a TV Cidade Record, a Rádio 105 FM e a Rádio Clube organizaram o Fórum de Imprensa para, juntos com representantes da sociedade, convocar as autoridades federais, estaduais e municipais para uma discussão mais ampla no sentido de mapear, identificar e buscar soluções conjuntas para os problemas relativos à segurança pública da região e diminuir os elevados índices de criminalidade.
COBRANÇAS
A “Carta de Rondonópolis” cobra a implementação do Observatório de Segurança Pública, o “Big Brother”, que acabou sendo inaugurado um ano depois, funcionou precariamente e atualmente está há mais de três meses desativado.
O documento expõe o anseio do setor empresarial pela efetividade no combate ao tráfico doméstico de entorpecente, aumento no efetivo das polícias Civil e Militar e reativação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf). Esta última proposta foi atendida em 2010.
Na carta, o Conselho Municipal da Mulher pediu o funcionamento de um plantão na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher nos feriados e finais de semana, onde acontece um aumento efetivo nos casos de violência doméstica. Solicitação ainda não atendida. Cobra melhorias no atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica no momento do atendimento das ocorrências no Cisc. Essa ação funcionou durante um certo tempo e depois parou. Cobra ainda a criação do presídio feminino aproveitando o prédio da antiga Cadeia Pública. Essa cobrança foi atendida e agora o local já não mais oferece condições de uso e a reivindicação é pela construção de uma Cadeia Feminina.
Na verdade, das 25 reivindicações apresentadas, pelo menos 10 estão relacionadas diretamente ao sistema prisional: Cadeia Pública e Penitenciária da Mata Grande. E visavam, sobretudo, investimentos públicos, algumas ações legislativas e obras de infraestrutura.
Foi sugerida a criação de um Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) na região da Vila Operária. Aliás, essa promessa foi feita em dezembro de 2005, quando da inauguração do Cisc do Centro e até o momento não foi cumprida pelo Governo do Estado.
Também foi sugerida a criação de uma Delegacia Especializada para atuar no combate às drogas, a construção de um Centro Regional de Recuperação de Dependentes Químicos e destinar 20% das vagas temporárias abertas pela Prefeitura para egressos do sistema prisional. Nenhuma dessas propostas, até agora, foi atendida.

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