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Rondonópolis
, 15 maio 2024
 
 

PF prende caçadores de onça no Pantanal

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Pelos chamados “safáris”, os clientes pagavam por animal abatido, especificamente onça-pintada, parda e preta
Pelos chamados “safáris”, os clientes pagavam por animal abatido, especificamente onça-pintada, parda e preta

A Polícia Federal deflagrou anteontem a Operação Jaguar, com o objetivo de desmantelar organização delituosa com atuação em três Estados da Federação (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná), cuja principal atividade consiste no abate clandestino de animais de grande porte, notadamente onças pintadas, pardas e pretas, no Pantanal e em outras regiões do País.
As investigações, desenvolvidas em conjunto com o IBAMA, tiveram início no ano passado pela PF em Corumbá/MS que obteve relatos do encontro de carcaças de onças em algumas fazendas na região pantaneira do estado e ainda o sumiço de felinos que estavam em monitoramento pelo IBAMA.
Em continuidade às investigações, a PF constatou a presença de indivíduos, acompanhados do filho do mais famoso caçador de onça do Brasil, transportando em camionetas vários cães de raça, típicos para caça de grandes felinos.
Os levantamentos evidenciaram que o conhecido caçador de onça e seu filho usavam da prática de capturar onças para encoleiramento, no contexto do programa Pró-Carnívoros, desenvolvidos pelo IBAMA, para acobertar sua atividade de caça clandestina e predatória.
Toda a ação criminosa do grupo se desenvolve quando os caçadores, brasileiros e/ou estrangeiros, ingressam no Pantanal por meio de aviões particulares, pousam em fazendas da região, equipados com modernas armas de caça. Nas fazendas utilizam os cães, normalmente cedidos pelo “caçador de onças” ou alguns fazendeiros que têm interesse em proteger seu gado do felino. Após os registros fotográficos dos abates, destroem as carcaças. Há evidências que alguns “troféus” são levados até para o exterior, vez que a PF constatou a frequente participação de uma pessoa, residente em Curitiba/PR, com conhecimento em Taxidermia – arte de empalhar animais.
Normalmente as caçadas predatórias são organizadas por outro caçador profissional identificado pelas iniciais de E.A.S., residente em Cascavel/PR.
Pelos chamados “safáris”, os clientes pagavam por animal abatido, especificamente onça-pintada, parda e preta. Por um valor maior, tinham o direito à pele, cabeça ou a todo o animal, que era empalhado em Curitiba.
A PF não descarta a possibilidade de o grupo participar de safáris na África, introduzindo no Brasil, peles e partes de animais caçados naquele continente, inclusive no tráfico de marfim, cuja comercialização é proibida internacionalmente.
ALVOS
Os alvos, independentes das circunstâncias em que forem presos, serão indiciados nos crimes previstos na Lei de Crimes Ambientais – perseguir, caçar ou matar animais da fauna silvestre sem permissão – pena de seis meses a um ano e ainda por porte ilegal de arma de fogo, cuja pena prevista é de até 4 anos de reclusão e mais o artigo 288 do Código Penal (Formação de Quadrilha ou Bando – pena de 1 a 3 anos de reclusão.
A operação foi deflagrada anteontem (20), por volta de meio-dia quando equipes de policiais federais e do IBAMA, utilizando viaturas tracionadas e ainda um helicóptero do IBAMA, prenderam em plena atividade de caça clandestina 8 pessoas, sendo 4 argentinos, 1 paraguaio e 3 brasileiros (um é policial militar de MT). Todos portando grande número armas e munições de diversos calibres. A PF efetuou a prisão do grupo pela manhã, antecipando a “Grande Caçada” que estava agendada pelos predadores para anteontem à noite, evitando assim o abate de um ou mais felinos.
Os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão nos locais já descritos foram cumpridos anteontem, no final da tarde, após a prisão em flagrante do grupo de caçadores em fazendas na região de Sinop.
RONDONÓPOLIS
Em Rondonópolis, foram expedidos dois  mandados de prisão temporária e três mandados de busca. Os nomes não foram divulgados pela Polícia Federal.

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1 COMENTÁRIO

  1. Engraçado como a PF tem por norma não divulgar os nomes das pessoas que prende. Por que será? Existe diferença entre marginal rico e marginal pobre?

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