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Rondonópolis
, 20 maio 2024
 
 

Sonegação leva 6 para a cadeia na cidade

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Um dos suspeitos presos ontem durante a operação “Mala Preta”
Um dos suspeitos presos ontem durante a operação “Mala Preta”

A Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública, da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso  em parceria com a Secretaria de Fazenda (SEFAZ), desencadeou ontem  em nove cidades do Estado incluindo a capital Cuiabá, uma operação policial de combate à sonegação fiscal, crimes contra a ordem tributária, formação de quadrilha, falsidade ideológica e corrupção. Vinte e seis pessoas foram presas na “Operação Mala Preta”, das quais seis em Rondonópolis. Os nomes não foram divulgados pela polícia.
Uma mega estrutura foi montada e mobilizou um efetivo de 44 delegados, 49 escrivães e 113 investigadores, numa frota de 77 veículos para o cumprimento de 30 mandados de prisões temporárias (30 dias) e 50 de buscas e apreensões em empresas, escritórios comerciais e residências.
Em Rondonópolis, segundo a delegada Fazendária Maria Alice Barros Martins Amorim, que chefiou a operação na cidade, foram cumpridos oito dos dez mandados e foram presas seis pessoas.
Maria Alice comandou oito delegados e 50 policiais entre investigadores e escrivães da capital Cuiabá e da Delegacia Regional de Rondonópolis.
Conforme a delegada, 27 empresas e escritórios comerciais estavam sendo investigados. De acordo com a polícia, eles recebiam incentivos fiscais para desonerar a carga tributária do Estado em cerca de 85% e, utilizando dessa benesse, montava um esquema fraudulento que acabava desviando recursos dos municípios sede, bem como lesava a Fazenda do Estado.
A denúncia relatava que estaria ocorrendo fraudes na emissão de notas fiscais eletrônicas referente a operações de vendas de milho, soja, feijão e arroz, entre os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo.
Os mandados de busca expedidos pela Justiça da capital possibilitaram a apreensão de material de informática e de escritório, supostamente utilizado  no esquema criminoso.
A delegada não entrou em detalhes quanto a identificação das pessoas ou empresas, mas citou um exemplo da movimentação irregular do grupo. Conforme a delegada Fazendária, um dos grupos investigados movimentou algo em torno de R$ 7 milhões em apenas 15 dias, segundo a monitoração da Polícia Fazendária.
Conforme a delegada, nos municípios onde o grupo atuava foi registrada, inclusive, uma sensível queda na arrecadação de impostos.
A policial disse ainda que foram expedidos mandados de prisão contra servidores estaduais que poderiam estar apoiando e participando do esquema fraudulento.
“Mas, somente a perícia e a análise do material apreendido é que vão revelar como funcionava o esquema de fraudes na emissão de notas fiscais eletrônicas bem como os demais implicados”, explicou.
Em linhas gerais, o esquema funcionava assim, segundo a policial: o produtor comprava as notas fiscais eletrônicas frias das empresas alvos (investigadas) que, por sua vez, contatava os corretores e fazia a negociação. O pagamento das notas frias emitidas pelas empresas era pago em porcentagens, algo em torno de 5% do valor total dos produtos comercializados.
Além de Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis, a operação atuou também em Sapezal, Paranatinga, Água Boa, Barra do Garças, Alto Araguaia e Sorriso, todas estas cidades produtoras de grãos e nas cidades de Orlândia (SP) e Santa Rita do Araguaia (GO), localizada na divisa dos estados de Mato Grosso e Goiás.
ORDEM DO GOVERNADOR
Ao final da entrevista coletiva em Rondonópolis, a delegada Maria Alice Amorim esclareceu que a Operação “Mala Preta” aconteceu em razão de denúncias feitas diretamente ao Governador Blairo Maggi, que determinou a criação de uma força tarefa para investigar o caso.
Depois de cumpridas as ordens judiciais (prisão), os suspeitos foram encaminhados à Delegacia Regional de Polícia de Rondonópolis onde foram ouvidos, passaram por exames de corpo de delito e foram levados para Cuiabá, onde ficarão à disposição da Justiça durante a vigência dos 30 dias dos mandados de prisões temporárias.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Procuro informações de meu irmão Luciano Sintz dos Santos que, segundo infomações está preso em Sorriso/MT. Se alguém tiver infomacoes entre em contato pelo fone 04135750077 que será gratificado.

  2. Por que os nomes dessas pessoas não são divulgados? Acaso são “eminências pardas” cuja lei tem dois pesos e duas medidas? Transparencia, gente, transparência!!

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