Parado no sinal
A cidade desfila ao meu olhar
Pessoas indo e vindo
Em um desfile perfeito, de se admirar
Vejo um homem sentado na praça
Olhando sem direção
Descubro que sem direção esta sua vida
Neste mundo na contramão
Aquela moça com olhar penetrante
Tem um sonho de se casar
Mas percebeu que a vida é injusta
Disfarçadamente começa chorar
Cidade lenta
Não realiza sonhos de ninguém
Por mais que o sonhador se esforce
Ser feliz neste mundo, não convém
Aquela criança no colo dos pais
Brinca ao som de um cordel
Tomara que ela não sonhe em crescer
A cidade é muito cruel
Aquele jovem trabalhando no sinal
Fazendo acrobacias, malabares
Jogando objetos ao alto
Com os objetos, seus sonhos também se vão, pelos ares
Hó! Cidade, mude
Sua população já não aguenta
Na tristeza é muito rápida
Mas para realizar sonhos, cidade lenta.
(*) Cleiton de Jesus é Poeta, formando em Engenharia civil e morador de Rondonópolis – [email protected]