Eu sou o brilho das estrelas
Eu sou a luz do Sol
Eu sou as flores da primavera
Eu sou o calor do verão
Eu sou as frutas do outono
Eu sou o frio do inverno
Eu sou a mão que afaga, mas também a que bate.
Eu sou o nascimento, mas também a morte.
Eu sou o passado, o presente, mas também o futuro.
Eu sou a palavra que acalma, mas também a que fere.
Eu sou a verdade, mas também a mentira.
Eu sou o pão da vida, mas também o que o diabo amassou.
Eu sou a plenitude da águia, mas também a do beija flor.
Eu sou a Lei e a justiça, mas também o carrasco.
Eu sou os olhos do mundo, mas também a cegueira.
Eu sou a eterna esperança, mas também o desespero.
Eu sou o alimento, mas também a fome que mata.
Eu sou a chuva abençoada, mas também a secura da terra.
Eu sou o verde das matas, mas também o que a destrói.
Eu sou a fartura de poucos, mas também a miséria de muitos.
Eu sou o remédio que cura, mas também o veneno que mata.
Eu sou a faca que corta o alimento, mas também a que fere.
(*) Orlando Sabka é funcionário público aposentado e poeta em Rondonópolis