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gabriel novis neves - opiniao - 27-01-12

A Procuradoria Geral da República (PGR) decidiu investigar também governadores que receberam vultosas “doações” em dinheiro de empreiteiros, prestadores de serviços e empresários para suas campanhas eleitorais. Os acusados se defendem dizendo que suas contas foram aprovadas, sem reparos, pelos Tribunais Regionais Eleitorais e considerados legais os milhões de reais recebidos espontaneamente.
O mais ingênuo dos brasileiros sabe que essas quantias de recursos “doados” para eleger, de vereador a Presidente da República, são “adiantamentos” que serão ressarcidos no superfaturamento das obras e outros benefícios. Sendo assim, estão sob suspeita de receberem propinas todos os políticos brasileiros.
Fácil comprovar pelas contas apresentadas pelos candidatos aos Tribunais Regionais Eleitorais, que o grosso desse dinheiro vem de empreiteiras, empresários e homens de negócios. Essa gente não faz filantropia dilapidando seu patrimônio, apenas firma compromisso de troca de favores. O ressarcimento dos recursos será feito no superfaturamento das obras e pago com juros e correção monetária.
Esta é a regra do jogo eleitoral em vigor, implantado há anos neste país e sempre aperfeiçoado. É estarrecedor assistir pela televisão declarações que bilhões de reais foram jogados no esgoto da corrupção nos últimos anos sem nenhuma ação corretiva do poder público.
Precisa-se de muita resistência psicológica para assistir ao grande teatro montado na Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados para ouvir a história inacreditável e inaceitável do assalto à nossa empresa de petróleo.
Tudo terminará tendo um único culpado – o pagador de impostos – que abasteceu os cofres do Tesouro Nacional despertando a cobiça para o delito. Desvalorização da Petrobras, milhões de desempregados, sucateamento dos serviços essenciais atrelados a uma inflação incontrolável, desestímulo à honestidade, são os frutos colhidos.
O ato da PGR pegou toda a nação de calças nas mãos e, como consequência imediata, a desmoralização do poder público e o enfraquecimento da democracia. O velho ditado popular “que todos os políticos são farinha do mesmo saco, se fortaleceu”.

(*) GABRIEL NOVIS NEVES é médico e ex-reitor da UFMT

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